Crianças nas mídias: uma análise das conversações no Twitter sobre o caso Balenciaga
DOI:
https://doi.org/10.22409/contracampo.v42i2.58261Palabras clave:
Campanha publicitária, Balenciaga, Direitos das Crianças, Twitter, Análise de redeResumen
Este artigo tem como objetivo mapear e compreender as conversações no Twitter em torno da campanha publicitária acusada de pedofilia e exploração sexual infantil veiculada pela marca Balenciaga em novembro de 2022. Para tanto, utilizou-se como arcabouço teórico as contribuições da Sociologia da Infância no que diz respeito aos sentimentos de inocência e proteção socialmente construídos e aos direitos das crianças recém-conquistados. A partir da metodologia da análise de redes sociais, investigou-se o recorte temporal de 01 de novembro a 31 de dezembro de 2022, com ênfase nos dias 27 a 30 de novembro. Os resultados apontam para a efemeridade e superficialidade do debate, que não trouxe preocupações efetivas com os direitos das crianças no âmbito da campanha em questão e/ou no que tange à exploração comercial do público infantil.
Descargas
Citas
AGGIO, Camilo. As campanhas políticas no Twitter: Uma análise do padrão de comunicação política dos três principais candidatos à presidência do Brasil em 2010. IV Encontro da Compolítica, Rio de Janeiro, abr.2011. Disponível em: https://bit.ly/3V8T9p7. Acesso em: 21 nov. 2020.
ALVES, Regysane. Crianças na publicidade: análise de discurso crítica da representação de crianças em textos publicitários multimodais. Revista Eixo, v. 7, n. 1, p. 76-85, jan./jun. 2018.
ANDRADE, Marcelo de; CASTRO, Gisela G. S. Youtubers mirins e os vídeos unboxing: uma reflexão sobre a criança conectada nas tramas da publicidade contemporânea. Revista Mídia e Cotidiano, v. 14, n. 1, p. 96-116, fev./2020.
ARIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. [1973] Rio de Janeiro: LTC, 1981.
BASTOS, Marco. T.; RAIMUNDO, Rafael. L. G.; TRAVITZKI, Rodrigo. Gatekeeping Twitter: message diffusion in political hashtags. Media, Culture & Society , v.35, n.2, p. 220-270, 2013
BOYD, Danah. Social network sites as networked publics: affordances, dynamics and implications. In: PAPACHARISSI, Z. (Org.). Networked self: identity, community and culture on social network sites. London: Routledge, 2010, p. 39-58
CASTELLS, Manuel. [1999] A sociedade em rede - a era da informação: economia, sociedade e cultura. 13. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
DANOWSKI, James A. Network analysis of message content. In: RICHARS, Wiliam D.; BARNETT, George A. Progress in communication sciences, v. XII. New Jersey: Ablex Publishing Corporation. p. 198-221, 1993.
DUARTE, Elisa. Balenciaga e as polêmicas por trás da campanha com abuso infantil. Portal Lunetas, 01 dez. 2022. Disponível em: https://bit.ly/420hG1M. Acesso em: 25 abril. 2023.
GIACOMINI FILHO, Gino; ORLANDI, Rosângela Gisoldi. Publicidade de moda e a tipologia adultizada da criança. Comunicação & Sociedade, v. 35, n. 1, p. 131-151, jul./dez. 2013.
GUEDES, Brenda; CARVALHO, Bárbara Janiques de. Flexibilização ou Fragilização? O caso da consulta pública sobre publicidade infantil proposta pelo Governo Federal. In: GUEDES, Brenda; CARVALHO, Bárbara Janiques de (org.). Infâncias, juventudes e debates emergentes em comunicação. São Paulo: Pimenta Cultural, 2020.
HENRIQUES, Isabella. Inteligência Artificial e publicidade dirigida a crianças e adolescentes. In: Internet & Sociedade. 2 (2), p.05-25, dez. 2021. Disponível em: https://bit.ly/3ZY16PB Acesso: 24 abril. 2023.
LEMOS, André; SENA, Catarina de. Mais livre para publicar: efemeridade da imagem nos modos “galeria” e “stories” do Instagram. Revista Mídia e cotidiano, [s.l.], v. 12, n. 2, 2018.
LIPOVETSKY, Gilles. A cultura-mundo: resposta a uma sociedade desorientada. Companhia das Letras, 2011.
MONTEIRO, Maria Clara; CRAVEIRO, Pâmela; MÁXIMO, Thinayna. “Salve Bel Para Meninas”: discussões sobre a youtuber Bel e os direitos da criança e do adolescente no Twitter. In: GUEDES, Brenda; CARVALHO, Bárbara (Orgs.). Infâncias, juventudes e debates emergentes em comunicação. São Paulo: Pimenta Cultural, 2020. pp. 242-270.
MONTEIRO, Maria Clara. Criança e consumo digital: a publicidade de experiência na era dos youtubers. Curitiba: Appris, 2020.
MOZDZENSKI, Leo. Entre hambúrgueres, crianças e o discurso de ódio LGBTfóbico: Reflexões sobre o outvertising do Burger King em 2021. In: Comunicon, 2021. Anais... ESPM, São Paulo, 2021. Disponível em: https://bit.ly/3V6oMzA. Acesso em: 30 mar. 2023.
OLIVEIRA, Rebeca. Memes da bebê Alice levantam debate sobre uso de imagem. Folha de S. Paulo, 8 jan. 2022. Disponível em: https://bit.ly/3V9nFiw. Acesso em: 30 mar. 2023.
OTHON, Renata. Infância conectada: contextos, práticas e sentidos de crianças nas redes sociais online. São Paulo: Pimenta Cultural, 2021.
PONTE, Cristina. Kids Online na Europa e no Brasil. Desafios para a pesquisa comparada sobre as práticas de crianças e adolescentes na Internet. Comunicação, Mídia e Consumo, São Paulo, ano 09, vol. 09, p. 13-42, ago. 2012.
POSTMAN, Neil. O desaparecimento da infância. Rio de Janeiro: Graphia, 1999.
RECUERO, Raquel; BASTOS, Marco; ZAGO, Gabriela. Análise de redes para mídia social. Porto Alegre: Editora Sulina, 2015
RECUERO, Raquel; SOARES, Felipe. O discurso desinformativo sobre a Cura da COVID-19 no Twitter: estudo de caso. Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, v. 24, p. 1–29, jan–dez/2021.
TOMAZ, Renata. “Criança pode cantar e dançar funk?” – as repercussões dos vídeos de MC Melody e as disputas no campo da infância. Estudos Semióticos, vol. 12, n. 02, p. 90-97, dez. 2016.
TOMAZ, Renata. Da negação da infância à invenção dos tweens: imperativos de autonomia na sociedade contemporânea. Curitiba: Appris, 2019.
##submission.downloads##
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Renata Alves de Albuquerque Othon, Carina Luisa Ochi Flexor, Gustavo da Costa
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os autores retêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de publicar o seu trabalho pela primeira vez sob a licença Creative Commons (CC-BY), que permite o intercâmbio de obras e reconhecimento de autoria na revista.