DEMOCRACIA, ESTOQUE AUTORITÁRIO E DIREITO À EDUCAÇÃO NO PROCESSO DE MILITARIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA NO BRASIL
Resumo
A proposta deste artigo é analisar a política de fomento a escolas cívico-militares implementada pelo governo Bolsonaro a fim de questionar seu o potencial autoritário e os riscos de fragilização da democracia brasileira. É discutido como a Polícia Militar e as Forças Armadas, enquanto instituições recorrentemente alocadas na metáfora do entulho autoritário nacional, renovam suas práticas antidemocráticas atualizando tal estoque por outras ferramentas, nesse caso no uso da educação básica pública. A partir disso indaga-se de que modo uma gestão escolar moralizadora e hierarquizada, com uma pedagogia conservadora e pouco plural, incorre no risco de violar o próprio direito à educação e demais liberdades essenciais mesmo nos conceitos minimalistas de democracia.