A OFENSIVA PRIVATISTA NO CONTEXTO DA PANDEMIA

TRABALHO DOCENTE E RESISTÊNCIA SINDICAL

Autores

  • Ramon Mendes da Costa Magalhães UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS (UEMG) https://orcid.org/0000-0002-8535-4929
  • Renata Spadetti Tuão Professora da Rede Municipal de Educação de Duque de Caxias
  • Rodrigo Lamosa Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.1234/enfil.v1i16.57362

Resumo

Nesse artigo, procuramos apresentar alguns elementos que compõem a ofensiva privatista que vem aprofundando a precarização do trabalho docente no século XXI, evidenciando as questões que emergiram na conjuntura gerada pela pandemia causada pelo vírus SARS- COV-2. Para os trabalhadores da educação, a coerção sobre o trabalho docente foi imposta pela burguesia a partir do falso dilema entre a implementação do que vem sendo chamado de “Ensino Remoto” e o retorno presencial às atividades escolares antes do estabelecimento de condições seguras a esse retorno pelo Estado. Diante do exposto no artigo, identificamos a criação de uma frente móvel de ação composta por organizações empresariais, organismos supranacionais e organizações da sociedade civil que atua por dentro dos dispositivos de participação social institucionalizados, com o objetivo de garantir, de qualquer forma, o avanço da modalidade de EAD pela Educação Básica tanto na forma de Ensino Remoto, proposta para o período do isolamento social, quanto na forma híbrida, formulada para o contexto de flexibilização do isolamento. As consequências para o trabalho docente, se materializam  em formas precarizadas e intensificadas de exploração, que faz com que os docentes recebam menos por suas atividades laborais enquanto tem seu tempo de trabalho ampliado, sua estrutura de trabalho custeada por meios próprios, seu espaço de trabalho transformado em fábrica de conteúdos. Apontamos a responsabilização docente como uma das estratégias desenvolvidas por essa frente móvel de ação, em convergência com as políticas neoliberais em curso, que oferecem condições para o aumento do adoecimento docente e para a desarticulação coletiva. 

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Biografia do Autor

Ramon Mendes da Costa Magalhães, UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS (UEMG)

Atualmente é Professor de Ensino Superior da Universidade do Estado de Minas Gerais, unidade Carangola/MG, e da rede municipal de educação de Duque de Caxias. É doutorando no Programa de Pós graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGEDUC-UFRRJ). Possui Mestrado em Educação e graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Renata Spadetti Tuão , Professora da Rede Municipal de Educação de Duque de Caxias

Doutoranda em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (UFRRJ), Mestre em Educação (UFRRJ) e Licenciada em Pedagogia (UERJ) 

Rodrigo Lamosa , Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Doutor e Mestre em Educação (UFRJ) e Bacharel e Licenciado em História (UFF) 

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Publicado

2023-04-05

Edição

Seção

NÚMERO TEMÁTICO