O FIM DA MODERNIDADE... BURGUESA

Auteurs-es

  • Giovanni Semeraro

DOI :

https://doi.org/10.22409/enfil.v3i5.44307

Résumé

Análises e estudos que abordam a modernidade nos seus mais diversos aspectos têm produzido uma enorme bibliografia ao longo do tempo. Mas, nessas leituras, que continuam a multiplicar-se nos nossos dias, são poucas as interpretações que focalizam o papel da classe burguesa que amoldou a modernidade aos seus interesses e a dirige até hoje recorrendo cada vez mais à dominação e às guerras. Neste artigo, ao mesmo tempo em que se reconhecem as grandes transformações que ocorreram na modernidade, se colocam em evidência as contradições e os impasses contidos nesse projeto apropriado e conduzido pela grande burguesia que está levando o mundo à catástrofe. Partindo de uma análise crítica das diversas correntes de pensamento voltadas a melhorar esse projeto, nas páginas a seguir se sustenta que só é possível vencer as nefastas consequências do modo de produção e reprodução implantado na modernidade pela burguesia, opondo-se à destruição e ao niilismo que esta classe predatória está disseminando no mundo, resgatando a soberania popular, socializando o poder material e simbólico e criando uma nova civilização.

Palavras-Chave: Modernidade; Burguesia; Modo de Produção.

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Giovanni Semeraro

Doutor em Educação, professor de Filosofia da Educação da Universidade Federal Fluminense

(UFF) e coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Filosofia Política e Educação (NUFIPE).

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Publié-e

2020-07-28