GRAMSCI E FREIRE: UM DIÁLOGO ACERCA DA FILOSOFIA DA PRÁXIS E DA LIBERTAÇÃO

Résumé

O artigo pretende um diálogo entre a filosofia da Práxis e a filosofia da libertação. Aborda inquietações acerca do processo de transformação o ser humano oprimido em sujeito livre. Para tanto, estabelece relações entre a leitura crítica e a formação humana numa perspectiva de integralização do sujeito social. Trata a liberdade à luz de Antonio Gramsci (1891-1937) e de Paulo Freire (1921-1997), destacando aspectos entre os olhares teóricos dos pensadores marxistas que alicerçam a formação política moderna, cujos pensamentos resultaram em importantes legados para a educação integral e as práticas pedagógicas contemporâneas. Busca compreender os objetos de análise de Gramsci e de Freire, centrada nas realidades nacionais por eles abordadas: os operários da Itália, oprimidos pelo fascismo e, no caso brasileiro, os “oprimidos” marginalizados pelo capitalismo brasileiro, cuja palavra e direitos são recorrentemente dificultados por fazerem parte de uma população periférica. Reflete sobre os entraves que cotidianamente subtraem a possibilidade do pensar consciente, crítico e liberto das violências imputadas a essa classe social. Trata-se de uma análise teórica e qualitativa, que compreende a hegemonia como um conceito de impactos controversos na edificação de uma formação crítica para a liberdade em prol da luta pela transformação social na atual conjuntura brasileira.