Os usos da etnografia nas viagens de Mário de Andrade
DOI:
https://doi.org/10.22409/re.v9i0.1897Palavras-chave:
Mário de Andrade, viagens, "sensibilidade etnográfica".Resumo
O presente trabalho se propõe a apresentar as viagens em Mário de Andrade, indicando caminhos e possibilidades para uma nova leitura dos relatos de viagem do autor modernista. Uma à região Norte e outra ao Nordeste. À primeira registrada com o título O turista aprendiz: viagens pelo Amazonas até o Peru pelo Madeira até a Bolívia e por Marajó até dizer chega! Já a segunda O turista aprendiz. Em 1976, os relatos das duas viagens foram reunidos e publicados no livro O Turista Aprendiz. Apesar de publicadas em conjunto, as duas viagens são bastante distintas e específicas (apenas unificadas em livro por uma edição póstuma), e embora o escritor só tivesse nomeado a segunda viagem como uma “viagem etnográfica”, não é raro ver estudos que atribuam a ambas as viagens a mesma característica. No entanto, Botelho (2013), sugere que essa noção de “etnografia” em Mário de Andrade precisa ser qualificada cuidadosamente, para que não se caia tão facilmente em um discurso que atrela, de antemão, a experiência etnográfica do escritor paulista à prática da antropologia. Como nosso objetivo principal é analisar a “viagem etnográfica”, nos interessa sobremaneira compreender quais são as especificidades dessa viagem, e das experiências que nela tiveram lugar, que levaram Mário de Andrade a qualificá-la de “etnográfica” e qual é o(s) sentido(s) atribuído a essa categoria pelo autor quando mobilizada nesse contexto específico.Downloads
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