O poder do jaleco branco: reflexões sobre o poder simbólico dos profissionais de saúde nas práticas de ensino
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2022.v15i3.a47539Palavras-chave:
o poder do jaleco branco, programa saúde na escola, COVID-19, ensino de ciênciasResumo
A produção do conhecimento humano historicamente foi se moldando em uma disputa de poder para apresentar à sociedade qual conhecimento seria mais válido, como por exemplo, as relações entre saúde e educação. Neste sentido, o objetivo deste artigo é apresentar e problematizar as relações de poder existentes entre os serviços de educação e saúde. Relações permeadas pela metáfora do poder do jaleco branco, onde uma mesma informação proferida diversas vezes por um professor ganha ares de autoridade quando proferida por um profissional de saúde, especialmente os da área médica. Este poder simbólico construído historicamente, subsidiado em alguns momentos pela legislação vigente à época e atualmente pelos protocolos sanitários de enfrentamento à Covid-19, com destaque aos destinados as unidades escolares e produzidos sem a colaboração ou consulta aos profissionais de educação. Neste artigo, reconhece-se a autoridade sanitária dos profissionais de saúde na elaboração de tais protocolos, mas se reivindica o reconhecimento do saber dos profissionais de educação em temas ligados à saúde e na elaboração dos protocolos sanitários de retorno às atividades escolares presenciais.
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