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Luz síncrotron promovendo o giro decolonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/resa2022.v15i2.a54197

Palavras-chave:

Escola Sirius, luz síncrotron, decolonialidade, ensino de física, formação de professores

Resumo

Este artigo é um recorte de uma pesquisa de doutorado de caráter qualitativo, visando, inicialmente, investigar como os cursos de formação continuada contribuem para que docentes da área de exatas transformem suas práticas de ensino, por meio da valorização dos seus saberes e das possibilidades de reflexão e aprendizagem.  Pela análise do discurso dos sujeitos participantes de um curso de formação continuada de professores, percebeu-se que, no imaginário deles, existia um local exclusivo de produção de conhecimento significativo e que esse tipo de percepção colaborava de maneira efetiva para invisibilizar contribuições científicas brasileiras. Os dados empíricos foram produzidos pela observação participante durante a Escola Sirius para Professores do Ensino Médio (ESPEM) oferecida presencialmente nos anos de 2019 e 2020, a partir de narrativas dos sujeitos participantes. Os resultados indicam uma subalternização epistemológica por meio de discursos que exaltam a produção científica de países europeus e que apagam a produção científica brasileira. As análises também indicam o papel da ESPEM na promoção de uma virada decolonial.

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Biografia do Autor

Vitor Acioly, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ

É professor do Instituto de Física da Universidade Federal Fluminense, com pesquisas na área de Ensino de Física. Fez pós-doutorado no Instituto de Física da UFRJ (2022), doutorado em Ensino de Física pela UFRJ (2021), mestrado em Ensino de Ciências da Natureza pela UFF (2015), e possui graduação em Licenciatura em Física pela UFRJ (2011). De 2017 a 2019, participou de atividades em Genebra, na Organização Europeia para Pesquisas Nucleares (CERN), no curso de Física de Partículas na ESCOLA CERN (2017), e realizando atividades de campo levando 55 estudantes do ensino médio ao CERN (2018 e 2019). Faz parte do comitê de organização da Escola Sirius para Professores de Ensino Médio (ESPEM), representando a Sociedade Brasileira de Física (SBF) no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Possui 16 anos de experiência como professor do ensino médio em escolas públicas e particulares de ensino médio, além de cursos livres (preparatórios para ingresso nas universidades e áreas militares). Coordenou cursos regulares de aplicação de física moderna e contemporânea para alunos de ensino médio. Trabalhou na Secretaria de Estado de Educação do Governo do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ), como professor de física no ensino médio regular, nos programas de formação de professores e nos programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Atua na Divulgação Científica e transferência de conhecimento para a sociedade: no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Nanodispositivos Semicondutores (INCT-DISSE); como colaborador em um projeto de Divulgação Científica para a formação de professores de ciências (Física, Química, Biologia e Matemática) que aplica diferentes conceitos da Ciência Moderna, em especial da Física Moderna e Contemporânea, proposto pelo South American Institute for Fundamental Research (ICTP-SAIFR); e como colaborador na Casa da Descoberta. É líder do Laboratório de Pesquisa em Ensino e Divulgação da Ciência (LAPED), cujo objetivo é realizar pesquisas na área de Ensino de Física, pesquisas na área de Divulgação Científica e a realização de ações de divulgação científica priorizando a conexão com a educação básica e a formação docente. 

Rodrigo Morais, Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

Possui Doutorado em Ensino e História da Matemática e da Física pelo PEMAT-IM-UFRJ (2019). Mestrado em Ensino de Física pelo PEF-IF-UFRJ (2014). É Bacharel em Física pela Universidade do Rio de Janeiro (2011). Possui Licenciatura Plena em Física pela Uiversidade Estadual do Rio de Janeiro (2003). Atualmente é servidor público, atuando como professor de Física pela Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro. É vinculado ao Projeto Alternativo Pré Vestibular do Sindicato das Universidades Públicas do Estado do Rio de Janeiro como Coordenador da Equipe de Física e professor Voluntário de Física. Tem experiência na área de Ensino de Física, com ênfase em História e Filosofia da Física. Desenvolve atualmente pesquisa em decolonialidade do ensino de física, racismo epistêmico e epistemicídio.

Antonio Santos, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

Possui graduação em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro(1992), mestrado em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro(1993), doutorado em Física pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro(1999), pós-doutorado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro(2004), pós-doutorado pela University of Missouri System(2003), pós-doutorado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro(2000), pós-doutorado pela Canadian Light Source(2016), curso-tecnico-profissionalizante em Material Bélico pelo Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro(1987), ensino-fundamental-primeiro-graupelo Colegio Pedro II(1983) e ensino-medio-segundo-graupelo Colegio Pedro II(1986). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Revisor de periódico da Nuclear Instruments & Methods in Physics Research. Section B. Beam Interact, Revisor de periódico da Journal of Physics. B, Atomic Molecular and Optical Physics, Revisor de periódico da Journal of Electron Spectroscopy and Related Phenomena, Adjunct Professor (Courtesy appointment) da University of Missouri-Rolla, Revisor de periódico da European Journal of Physics, usuário do Labortório Nacional de Luz Síncrotrn, Revisor de periódico da Revista Brasileira de Ensino de Física (Impresso), coordenador de disciplina do Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do RJ, Membro de corpo editorial da Physical Chemistry, Revisor de periódico do Ensino de Ciências e Tecnologia em Revista - ENCITEC, Revisor de periódico da British Journal of Education, Society & Behavioural Science, Revisor de periódico da International Journal of Science and Technology Education Research, Revisor de periódico da American Chemical Science Journal, Revisor de periódico da British Journal of Applied Science & Technology, Revisor de projeto de fomento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Revisor de projeto de fomento do Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Revisor de projeto de fomento do Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ, Revisor de projeto de fomento do Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia, Revisor de projeto de fomento do Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso, Revisor de projeto de fomento da Agencia Nacional de Promoción Científica y Tecnológica, Revisor de projeto de fomento do Fondo para la Investigación Científica y Tecnológica, Membro de corpo editorial da Asian Journal of Research and Reviews in Physics, Membro de corpo editorial da REVISTA CADERNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, Revisor de periódico da REVISTA CADERNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA, Revisor de periódico da JOURNAL OF THE CHEMICAL SOCIETY OF PAKISTAN, Revisor de periódico do ENSINO & PESQUISA e Membro de corpo editorial da Quarks: Brazilian Electronic Journal of Physics,. Tem experiência na área de Física, com ênfase em Física Atômica e Molecular. Atuando principalmente nos seguintes temas:colisões íon-átomo, ionização múltipla, target ionization, espectrometria de massa.

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Publicado

2022-12-07

Versões

Como Citar

Acioly, V., Morais, R., & Santos, A. (2022). Luz síncrotron promovendo o giro decolonial. Ensino, Saúde E Ambiente, 15(2), 317-332. https://doi.org/10.22409/resa2022.v15i2.a54197

Edição

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Artigos