“Motumbaxé”: uma experiência interseccional no acompanhamento de uma criança negra
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2024.v17.a58715Palavras-chave:
criança negra, interseccionalidade, candombléResumo
Trata-se de um relato de experiência, que tem como objetivo principal destacar a prática profissional que identifica e valoriza a vivência de uma criança negra no contexto de proteção e rede de cuidado estabelecida no seio de uma religião de matriz africana. Este relato é a soma de esforços conceituais, metodológicos e intencionais das práticas construídas em ato, na articulação das ações e na aposta cotidiano de compreender a interpelação do racismo na construção das infâncias e das famílias negras. O conceito de interseccionalidade é um aliado para tratarmos das questões que perpassam este artigo. Um conceito que é fruto das experiências de mulheres negras que passaram a assumir um lugar de protagonismo em torno da construção do conhecimento, com suas potentes vozes ao pensar com as questões do cotidiano. Percebemos que ainda são persistentes práticas que não propiciam o protagonismo infantil, bem como o de práticas discriminatórias face às religiões de matriz africana.
Downloads
Referências
AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Pólen, 2019.
BASTIDE, Roger. O Candomblé da Bahia. Rio de Janeiro: Nacional, 1961.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 22 jun. 2024.
BRASIL. Ministério da Cidadania/Gabinete do Ministro. Portaria MC nº 664, de 2 de setembro de 2021. Consolida os atos normativos que regulamentam o Programa Criança Feliz/Primeira Infância no Sistema Único de Assistência Social - SUAS. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/mds/pt-br/acesso-a-informacao/legislacao/portaria/portaria-mc-no-664-de-2-de-setembro-de-2021. Acesso em: 23 jun. 2024.
COLLINS, Patrícia; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo, 2020.
FANON, Frantz. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário brasileiro de segurança pública, ano 13, 2019. Disponível em: https://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/10/Anuario-2019-FINAL_21.10.19.pdf. Acesso em: 23 jun. 2024.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
GONÇALVES, Ana Maria. Um defeito de cor. Rio de Janeiro: Record, 2006.
LOPES, Nei. Enciclopédia brasileira da diáspora africana. São Paulo: Selo Negro, 2004.
NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. 3. ed. São Paulo: Perspectivas, 2016.
NASCIMENTO, Tainara Cardoso. Meninos Pretos desaprendem para sobreviver: reflexões a partir do cotidiano dos inimigos sociais que insistem em existir. 2021. Dissertação (Mestrado em Psicologia)_Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.
NOGUEIRA, Sidney. Intolerância religiosa. São Paulo: Selo Sueli Carneiro; Pólen, 2020.
OLIVEIRA, Rafael Soares de. Feitiço de Oxum: um estudo sobre o Ilê Axé Iyá Nassô Oká e suas relações em rede com outros terreiros. 2005. Tese (Doutorado em Ciências Sociais)_Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2005.
OXÓSSI, Mãe Stella de. Meu tempo é Agora. Salvador: Assembleia Legislativa da Bahia, 2010.
SANTOS. Abrahão de Oliveira.; OLIVEIRA, Luiza Rodrigues. O bloqueio epistemológico no Brasil e na psicologia. Revista Espaço Acadêmico, n. 227, p. 250-260, 2021. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/53993/751375151727. Acesso em: 5 mar. 2023.
SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro ou as vicissitudes da identidade do negro brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.
SODRÉ, M. Pensar nagô. Rio de Janeiro: Vozes, 2017.
VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás. Salvador: Corrupio, 2018.
Downloads
Publicado
Versões
- 2024-06-24 (2)
- 2024-06-23 (1)
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Dayana Christina Ramos de Souza Juliano, Stallone Pereira Abrantes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta Revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito da primeira publicação.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicado nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e da publicação inicial nesta revista.