O protagonismo feminino na história da saúde pública brasileira: recontar a história
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2024.v17.a58889Palavras-chave:
feminismo, saúde pública, invisibilidade, história, patriarcadoResumo
Este artigo tem como objetivo refletir acerca da invisibilidade das mulheres nas narrativas hegemônicas a respeito da saúde pública brasileira. Para tanto, partiu-se da análise dos efeitos do patriarcado, como exercício de poder, nas formas de contar e dar destaque ou não aos sujeitos históricos. Pretendemos com isso demonstrar como o apagamento do protagonismo feminino na luta pela Reforma Sanitária nas narrativas oficiais é signo de uma produção cientificista pretensamente neutra, que acaba por reforçar a desigualdade de gênero. Retomamos a violência histórica sofrida pelas mulheres, em especial, as mulheres negras, atravessadas também por questões de raça e classe, pelos agentes de saúde desde o Brasil colônia, para demonstrar como essas mulheres fizeram da mesma rua que lhes foi opressora, o palco para lutas políticas importantes e que puderam garantir políticas públicas de saúde.
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