O protagonismo feminino na história da saúde pública brasileira: recontar a história

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DOI:

https://doi.org/10.22409/resa2024.v17.a58889

Palavras-chave:

feminismo, saúde pública, invisibilidade, história, patriarcado

Resumo

Este artigo tem como objetivo refletir acerca da invisibilidade das mulheres nas narrativas hegemônicas a respeito da saúde pública brasileira. Para tanto, partiu-se da análise dos efeitos do patriarcado, como exercício de poder, nas formas de contar e dar destaque ou não aos sujeitos históricos. Pretendemos com isso demonstrar como o apagamento do protagonismo feminino na luta pela Reforma Sanitária nas narrativas oficiais é signo de uma produção cientificista pretensamente neutra, que acaba por reforçar a desigualdade de gênero. Retomamos a violência histórica sofrida pelas mulheres, em especial, as mulheres negras, atravessadas também por questões de raça e classe, pelos agentes de saúde desde o Brasil colônia, para demonstrar como essas mulheres fizeram da mesma rua que lhes foi opressora, o palco para lutas políticas importantes e que puderam garantir políticas públicas de saúde. 

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Biografia do Autor

Paula de Oliveira Santarossa, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

Possui graduação em psicologia pela Universidade Federal Fluminense (2006), especialização em Psicanálise e Laço Social pela mesma Universidade (2007), mestrado em Psicanálise pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2011) e doutorado e pós-doutorado em andamento em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense. Professora do curso de psicologia das Faculdades Integradas Maria Thereza. Trabalhou na rede de saúde mental de Niterói e Campos dos Goytacazes tendo ocupado, nos últimos anos, cargo de gestão. Tem experiência no ensino superior desde 2012. Atua principalmente nos seguintes temas: psicanálise, saúde mental, feminismo e política.

Paula Land Curi, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (1994), mestrado em Psicanálise pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2004) e doutorado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2012). Docente do Instituto de Psicologia da Universidade Federal Fluminense, campus Niterói, desenvolvendo atividades docentes e de gestão - Coordenadora de Curso de Graduação em Psicologia, desde 2015. Docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) - do Departamento de Psicologia da UFF Niterói. Integrante da Comissão para Equidade de Gênero da UFF. Integrante do Comitê Gestor do Núcleo ABEP-RIO. Membro efetivo do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro. Experiência de trabalho com saúde perinatal, políticas públicas para mulheres e clínica (psicanálise). Pesquisa sobre estudos de gênero, políticas para mulheres, violências e seus efeitos. Interessa-se pela articulação entre essas temáticas e a clínica.

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Publicado

2024-09-28

Como Citar

Santarossa, P. de O., & Curi, P. L. (2024). O protagonismo feminino na história da saúde pública brasileira: recontar a história. Ensino, Saude E Ambiente, 17, Publicado em 28/09/2024. https://doi.org/10.22409/resa2024.v17.a58889

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