Impactos da exposição à poluição ambiental sobre a saúde dos brasileiros: uma revisão sistemática

Ana Luísa Curado; Carla Eloísa Diniz dos  Santos; Ana Carolina Borella Marfil  Anhê; Angela Maria Magosso  Takayanagui; Ana Paula Milla dos Santos  Senhuk

doi:10.22409/resa2022.v15i2.a49660

Autores/as

Ana Luísa Curado Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG http://orcid.org/0000-0002-1385-7359
Carla Eloísa Diniz dos Santos Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG http://orcid.org/0000-0002-5954-1026
Ana Carolina Borella Marfil Anhê Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG http://orcid.org/0000-0002-6970-2479
Angela Maria Magosso Takayanagui Univesidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP https://orcid.org/0000-0003-2232-4949
Ana Paula Milla dos Santos Senhuk Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG https://orcid.org/0000-0002-6004-5513

DOI:

https://doi.org/10.22409/resa2022.v15i2.a49660

Palabras clave:

saúde ambiental, poluição do ar, poluição da água, agrotóxicos, metais tóxicos

Resumen

Estima-se que mais de 12 milhões de mortes a cada ano, quase um quarto das mortes anuais globais, sejam atribuídas a fatores ambientais. Contudo, a adoção de medidas preventivas e mitigadoras, visando redução do impacto sobre a saúde pública, tem sido negligenciada em países em desenvolvimento, como o Brasil. Neste contexto, este estudo realizou uma revisão sistemática das pesquisas desenvolvidas no Brasil entre 2015 e 2020, sobre exposição à poluição ambiental e impactos à saúde da população. A busca foi realizada nas bases de dados: Web of Science, Scopus, LILACS e Medline/Pubmed. Nos 123 artigos selecionados, a exposição ambiental estudada - poluição do ar (57,7%), da água (21,1%), por agrotóxico (14,6%), por metal tóxico (4,9%) e sonora (1,6%) - foi relacionada a diversos problemas de saúde, como câncer, doenças cardiorrespiratórias, neurológicas, infecções, malformações congênitas, perda de capacidade auditiva, dentre outros. Quanto às implicações socioambientais e econômicas, relacionadas aos diferentes tipos de poluição, a população brasileira ainda vivencia esses problemas de forma desigual, sendo evidentes maiores consequências para comunidades mais vulneráveis ou determinadas atividades ocupacionais. A maioria dos estudos foi realizada na região Sudeste do Brasil, evidenciando a importância das Instituições de Ensino Superior e Centros de Pesquisa no desenvolvimento científico do país, que se concentram nessa região. Os resultados identificaram as principais matrizes ambientais que impactam a saúde, as quais guardam uma estreita relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU em 2015, trazendo informações norteadoras para estudos futuros e para gestores ambientais e de saúde do Brasil.

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Biografía del autor/a

Ana Luísa Curado, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG

Possui graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM (2016) e mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental pela UFTM (2020). Atua como engenheira ambiental no Serviço de Planejamento Sustentável da Pró-Reitoria de Planejamento da UFTM e é presidente da Comissão Gestora do Plano de Gestão de Logística Sustentável da Universidade.

Carla Eloísa Diniz dos Santos, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG

Professora Adjunto 2 do Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). É orientadora do Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA/UFTM). Graduada em Engenharia Ambiental pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Mestre e doutora em Ciências (ênfase: Hidráulica e Saneamento) pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), Universidade de São Paulo (USP). Realizou doutorado sanduíche com duração de 12 meses na Universidade Politécnica de Gdańsk (Gdańsk, Polônia) como parte do Projeto CARBALA (CARbon BALAncing for nutrient control in wastewater treatment), financiado pelo projeto da Comunidade Européia People Maria Curie Actions (FP7-PEOPLE-2011-IRSES). Atua na área da Engenharia Sanitária e Ambiental, com ênfase no controle de poluição ambiental a partir da aplicação de processos biológicos de tratamento. Possui experiência na remoção biológica de nutrientes (processo anammox e nitrificação e desnitrificação simultânea), digestão anaeróbia e na integração dos ciclos de nitrogênio e enxofre, visando o pós-tratamento de águas residuárias.

Ana Carolina Borella Marfil Anhê, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG

Possui graduação (licenciatura e bacharelado) em Ciências Biológicas e mestrado em Biologia Animal (área de concentração Biologia Estrutural) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Concluiu o doutorado pelo Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde (área de concentração Doenças Infecciosas e Parasitárias) no Centro de Pesquisas René Rachou - Fundação Oswaldo Cruz e o pós-doutorado na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (Medicina Tropical e Infectologia). Atualmente é professora adjunta na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, vinculada ao Departamento de Engenharia Ambiental, e professora orientadora do Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental. Ministra aulas de Microbiologia Básica, Microbiologia Ambiental, Biologia para Engenharia Ambiental, Ciências do Ambiente, TCC, Metodologia de Pesquisa e Indicadores Biológicos como Ferramenta de Avaliação Ambiental. Atua nas áreas de saúde ambiental, educação ambiental e parasitologia.

Angela Maria Magosso Takayanagui, Univesidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP

Graduada Enfermeira de Saúde Pública pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (1976). Possui Mestrado (1986) e Doutorado (1993) em Enfermagem pela mesma Instituição, Pós-doutorado no McMaster Institute of Environment and Health da McMaster University, Canadá (2000). Atualmente é professora sênior da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP, atuando na Pós-Graduação, sendo Coordenadora de disciplina de PG e orientadora do curso de doutorado. É representante da Região Sudeste do Brasil da Rede One Health Brasil (OHB), sendo também membro da Câmara Técnica de Resíduos Sólidos da Abes-SP e membro titular da CEE 129 ? Comissão de Revisão de Normas Técnicas de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde da Abes-SP/ABNT. Foi reeleita 1ª. Secretária da Soderma ? Associação de Defesa Regional do Meio Ambiente, triênio 2022-2025. Foi docente da EERP-USP por 40 anos, participando de diversas instâncias acadêmicas, de ensino, pesquisa e extensão, no ensino de graduação, aperfeiçoamento, especialização e pós-graduação, orientando mais de 150 estudantes em projetos de pesquisa de iniciação científica, especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Foi assessora da Pró-Reitoria de PG da Universidade de São Paulo de 2012 a 2013 e assessora da Vice-Reitoria da USP de janeiro de 2014 a fevereiro de 2015. Criou e liderou o GIERSS-Grupo Interinstitucional de Estudos da Problemática dos Resíduos de Serviços de Saúde do CNPq de 1991 a 2018, coordenando a geração de uma variedade de atividades de ensino, pesquisa e extensão à comunidade, como publicações e eventos científicos, entre outros, envolvendo profissionais de saúde, educação, meio ambiente e outras áreas afins, em articulação interdisciplinar, interinstitucional e intersetorial. Atuou como membro Consultor da Área Interdisciplinar da Capes - Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior de 2005 a 2016. Foi membro titular representante do Campus da USP de Ribeirão Preto no Comitê de Bacia Hidrográfica do Pardo por quase duas décadas. Suas atividades de pesquisa são voltadas para a área de Saúde Ambiental, Saúde Pública e Enfermagem, com o foco em gerenciamento de resíduos perigosos e de serviços de saúde, sendo consultora ad hoc de diversos Periódicos nacionais e internacionais.

Ana Paula Milla dos Santos Senhuk, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG

Possui graduação (Licenciatura e Bacharelado) em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Uberlândia (2005), mestrado em Ecologia e Conservação de Recursos Naturais pela Universidade Federal de Uberlândia (2008) e doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo - USP (2012). Atualmente é docente do Departamento de Engenharia Ambiental do Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas/UFTM e do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental/UFTM (desde 2013). Tem experiência na área de Saúde Ambiental, com ênfase em biomonitoramento da poluição ambiental e educação ambiental.

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