Diálogos com a Educação Ambiental desde el Sur a partir da “fotoescrevivência”
possibilidades para pensar a formação em Ciências Biológicas
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2021.v14iesp..a51446Palavras-chave:
educação ambiental. , educação popular., universidade., diálogo de saberes.Resumo
O artigo discute a experiência da disciplina Educação Ambiental oferecida para os cursos de Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Questiona a ausência de saída de campo e de metodologias inovadoras no ensino de Ciências Biológicas. Dialoga com a “escrevivência” de Conceição Evaristo e propõe a “fotoescrevivência” como caminho para uma pedagogia decolonial. Encontra possibilidades para pensar a formação docente contextualizada com os territórios e com os conhecimentos ancestrais ao identificar “outras” pedagogias, como: resistência, conflito e da terra. Conclui que as experiências de trabalho de campo no âmbito da disciplina são pistas para uma formação mais plural, dialógica e criativa.
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