Despatriarcalização do currículo e as abordagens de gêneros e sexualidades: relato de experiência em um espaço educativo do Nordeste
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2024.v17.a57117Palavras-chave:
currículo, diversidade, inclusão, gêneros, sexualidadesResumo
Nos últimos anos o currículo escolar tornou-se território de disputa entre conservadores e progressistas. O tensionamento foi acirrado quando educadoras/es inseriram debates de gêneros, sexualidades e diversidades humanas na educação básica. As tentativas de desconstrução do currículo heteropatriarcal ainda são tímidas no Brasil. Isso é justificado, pelo recrudescimento político intensificado no período de 2016 a 2022. A legitimação das perseguições as/os profissionais da educação contribuíram para que muitas/os recuassem na discussão das pautas de diversidades de gêneros e sexualidades. No entanto, as lutas imputadas pela permanência dos debates foram responsáveis pela construção de uma escola mais afetiva e acolhedora das diversidades. A compreensão da importância dessa luta por um currículo acolhedor motivou a escrita do artigo. O objetivo do texto é refletir sobre as percepções observadas no decorrer da realização da palestra intitulada Inclusões e Diversidades. A palestra aconteceu no dia 07 de julho de 2022, em uma escola pública no estado do Ceará e teve como público-alvo estudantes do 9º ano do ensino fundamental. Como resultados, verificou-se a importância desses debates para estudantes: (1) que sofrem os preconceitos por dissidirem da sexualidade normalizada; (2) a reprodução da heteropatriarcalidade no ambiente escolar; (3) as violências institucionalizadas na sociedade; (4) o silenciamento diante da LGBTQIAPNfobia.
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