Descolonizar a educação de trabalhadores/trabalhadoras: corpo e território nos dispositivos da educação profissional
DOI:
https://doi.org/10.22409/resa2024.v17.a58955Palavras-chave:
educação profissional, trabalho, território, feminismo, decolonialidadeResumo
O artigo problematiza o lugar do corpo e do território na formação de trabalhadores/trabalhadoras, analisando o processo de produção de dispositivos de ensino de psicologia na Educação Profissional e Tecnológica (EPT). O campo desenvolveu-se no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) Campus Niterói, em atividades pedagógicas desenvolvidas pela primeira autora no contexto de sua pesquisa de doutorado. A metodologia utilizada inspirou-se na pesquisa-intervenção e nas epistemologias feministas e teve como objetivo: desenvolver e analisar os efeitos de alterar os dispositivos educacionais no sentido da valorização do local, da interculturalidade e dos saberes de trabalhadores/trabalhadoras em formação. Alguns conceitos chave do campo teórico das Epistemologias do Sul - ecologias de saberes, artesania das práticas, linhas abissais - e do feminismo interseccional são utilizados para se repensar as práticas educacionais na EPT em um sentido decolonial. Conclui-se que os dispositivos escolares performam sujeitos e mundos e, por isso, são um campo estratégico de luta contra as diferentes opressões do colonialismo, do capitalismo e do patriarcado.
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