Banzeirar: fazendo ribeirinhar certas práticas ditas de cuidado
##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:
https://doi.org/10.22409/1984-0292/v31i_esp/29027Mots-clés:
escrevivência, ribeirinhar, psicologia, saberes contra-hegemônicosRésumé
Neste artigo, inspirado nos passos de Conceição Evaristo, ensaiamos uma “Escrevivência”. A partir de epistemologias ribeirinhas, negras e indígenas, buscamos problematizar práticas ditas de cuidados presentes na área da psicologia que têm se aliado a lógicas repressoras, controladoras e punitivas - vide o contexto no qual foi regulamentada no Brasil. Para fazer essa discussão, partimos do entendimento de que o racismo é estruturante na constituição da sociedade e, portanto, ele deve estar no centro de nossas discussões. Assim, ensaiamos, neste trabalho, pensar práticas de cuidado aliadas que valorizem os protagonismos/protagonistas dos moradores sobreviventes da guerrilha do Araguaia, de ribeirinhos, negros e indígenas. Desse modo, através de nossa escrita, apostamos em ações que estejam comprometidas com modos localizados de existir e que tenham como protagonistas as pessoas para as quais essas políticas são pensadas, partindo das noções de mundo que querem construir.##plugins.generic.usageStats.downloads##
Références
AMORIM, Gustavo Henrique. Relato de uma bixa carbonizada. Facebook, 25 mar. 2018. Disponível em: https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=10213532953417062&id=1198764493. Acesso em: 6 out. 2018.
ARAGUAIA: campo sagrado. Direção de Evandro Costa de Medeiros. [S.l.]: Labour Filmes, 2011. 1 DVD (50 min), color.
ARUAQUE, Mônica Cristina. Aruaque (conjunto étnico da Amazônia) Mônica Cristina. In: PACHAMAMA, Aline Rochedo (Org.). Guerreiras: mulheres indígenas na cidade, mulheres indígenas da aldeia. Rio de Janeiro: Pachamama, 2018. p. 31-44.
ÁVILA, Cristina. Segregação e racismo contra índios no sul do Brasil: Racismo, agressões e até assassinatos marcam o cotidiano de várias comunidades indígenas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Extra Classe, 12 ago. 2016. Disponível em: https://www.extraclasse.org.br/movimento/2016/08/segregacao-e-racismo-contra-indios-no-sul-do-brasil/. Acesso em: 23 ago. 2018.
BENITES, Sandra Guarani. Ara Reté Sandra Benites. In: PACHAMAMA, Aline Rochedo (Org.). Guerreiras: mulheres indígenas na cidade, mulheres indígenas da aldeia. Rio de Janeiro: Pachamama, 2018. p. 59-74.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei 4.119 de 27 de agosto de 1962. Dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo. 1962. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/l4119.htm. Acesso em: 24 jun. 2017.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei 5.766 de 20 de dezembro de 1971. Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia e dá outras providências. 1971. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5766.htm. Acesso em: 12 ago. 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa e ao Controle Social. Política Nacional de Saúde Integral da População Negra: uma política para o SUS. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_populacao_negra_3d.pdf. Acesso em: 12 abr. 2016.
CARDOSO, Áurea Alves. Um rio de memórias, experiências e vivências: guerrilha do Araguaia. 2018. Dissertação (Mestrado em Psicologia)_Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2018.
CARNEIRO, Sueli Aparecida. Construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2005. Tese (Doutorado em Educação)_Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
COIMBRA, Cecília Maria Bouças. Guardiães da ordem: uma viagem pelas práticas psi do Brasil do milagre. Rio de Janeiro: Oficina do Autor, 1995.
COIMBRA, Cecília Maria Bouças; NASCIMENTO, Maria Lívia. Jovens pobres: o mito da periculosidade. In: FRAGA, Paulo Cesar Pontes; IULIANELLI, Jorge Atílio Silva (Org.). Jovens em tempo real. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. p. 19-37.
COIMBRA, Cecília Maria Bouças. O atrevimento de resistir. In: CARVALHO FILHO, Silvio de Almeida et al. (Org.). Deserdados: dimensões das desigualdades sociais. Rio de Janeiro: H.P. Comunicação, 2007. p. 7-14.
CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA 06. Uma profissão chamada psicologia: CRP-06, 20 anos. São Paulo: CRP-06, 1994.
EVARISTO, Conceição. Gênero e etnia: uma escre(vivência) de dupla face. In: MOREIRA, Nadilza de Barros; SCHNEIDER, Liane (Org.). Mulheres no mundo: etnia, marginalidade e diáspora. João Pessoa: Ideia, 2005. p. 201-212.
EVARISTO, Conceição. Becos da Memória. Belo Horizonte: Mazza, 2006.
FOUCAULT, Michel. Segurança, território, população: curso dado no Collège de France (1977-1978). São Paulo: Martins Fontes, 2008.
GELEDÉS - INSTITUTO DA MULHER NEGRA; CENTRO FEMINISTA DE ESTUDOS E ASSESSORIA. Guia de enfrentamento do racismo institucional. 2013. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/wp-content/uploads/2013/12/Guia-de-enfrentamento-ao-racismo-institucional.pdf. Acesso em: 2 jun. 2017.
GONZALEZ, Lélia. Primavera para as rosas negras. São Paulo: União dos Coletivos Pan-Afrikanos, 2018.
GUATTARI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis, RJ: Vozes, 1986.
KILOMBA, Grada. “O racismo é uma problemática branca”, diz Grada Kilomba. Entrevista concedida a Djamila Ribeiro. Carta Capital, 30 mar. 2016. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/politica/201co-racismo-e-uma-problematica-branca201d-uma-conversa-com-grada-kilomba. Acesso em: 19 ago. 2018.
MARIBONDO, Miguel. há graus de racismo? Revista Òkòtó, 13 ago. 2018. Disponível em: https://medium.com/revistaokoto/h%C3%A1-graus-de-racismo-e4f700dd536e. Acesso em: 4 set. 2018.
MARTINS, Hildeberto Vieira. As ilusões da cor: sobre raça e assujeitamento no Brasil. 2009. Tese (Doutorado em Psicologia Social) – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
MASCARENHAS, Luiza Teles. O pesquisarCOM como ato político nas licenciaturas: contribuições às práticas de ensino em psicologia. 2018. Tese (Doutorado em Psicologia) – Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2018.
MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. Lisboa: Antígona, 2014.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. São Paulo: N-1, 2018.
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
PACHAMAMA, Aline Rochedo. Guerreiras: mulheres indígenas na cidade, mulheres indígenas da aldeia. Rio de Janeiro: Pachamama, 2018.
PALESTINA do Norte: o Araguaia passa por aqui. Direção de Dácia Ibiapina da Silva. Produção: Asa Cinema e Vídeo; Fábrica de Fantasias Luminosas; Ronaldo Duque e Associados. Brasília: [s.n.], 1998. 1 DVD (13 min), color.
PARAISO, Maria Hilda Baqueiro. Krenak - Povos Indígenas no Brasil. Instituto Socioambiental, dez. 1998. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Krenak. Acesso em: 5 out. 2018.
SCHUCMAN, Lia Vainer. Sim, nós somos racistas: estudo psicossocial da branquitude paulistana. Psicologia & Sociedade, Belo Horizonte, v. 26, n. 1, p. 83-94, apr. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-71822014000100010.
SPINOZA, Benedictus de. Ética. Tradução de Tomaz Tadeu. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
THEODORO, Mário L. A questão racial e as mudanças sociais recentes. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS (ANPOCS), 37., 2013, Águas de Lindóia. Anais... Águas de Lindóia: ANPOCS, 2013.
##submission.downloads##
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Na medida do possível segundo a lei, a Fractal: Revista de Psicologia renunciou a todos os direitos autorais e direitos conexos às Listas de referência em artigos de pesquisa. Este trabalho é publicado em: Brasil.
To the extent possible under law, Fractal: Revista de Psicologia has waived all copyright and related or neighboring rights to Reference lists in research articles. This work is published from: Brasil.