Linguística e produção de subjetividade: relações esboçadas

Auteurs

##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/2022/v34/5771

Mots-clés:

linguística, literatura, produção de subjetividade

Résumé

No presente artigo buscamos realizar uma discussão a respeito de duas concepções de linguagem: a formalista e a pragmática, em algumas de suas vertentes. A partir dessa contraposição, teremos como objetivo traçar algumas possíveis consequências dessas concepções para a forma como compreendemos e abordamos a literatura e seu vínculo com a produção de subjetividade. Assim, em um primeiro momento, procuraremos explicitar um tipo abordagem da língua feita por Saussure e suas consequências para o entendimento da relação autor-obra. Em seguida, nos dedicaremos à pragmática de Austin, procurando contrastá-la à proposta saussuriana. Por fim, veremos a pragmática de Deleuze e Guattari, bem como suas implicações na forma como compreendemos o processo de escrita literária e seus efeitos sobre a produção de subjetividade. Dessa forma, buscamos indicar que o próprio processo de escrita é criador, engendrando a produção da língua, do mundo e da subjetividade do próprio escritor a um só tempo.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Biographie de l'auteur

Veronica Gurgel, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

Professora auxiliar no Centro Universitário IBMR. Doutora em psicologia pelo PPGP - UFRJ. Doutora pelo PPGP - Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Janeiro, com bolsa CNPq. Mestre pelo PPGP - Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Janeiro, com bolsa CAPES. Graduação e Formação em Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Participa de projetos de pesquisa nas áreas de deficiências, literatura, cognição, produção de subjetividade, e arte. Ministrou as disciplinas de Percepção e Pensamento, Aprendizagem e Memória, Psicologia em Saúde, Práticas de intervenção em Comunidades, Introdução à Psicologia e Trabalho e Subjetividade 

Références

AUSTIN, John Langshaw. Quando dizer é fazer. Trad. Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto Alegre: Artes médicas, 1990.

COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria. Belo Horizonte: UFMG, 2012.

CORTÁZAR, Júlio. O jogo da amarelinha. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

DELEUZE, Gilles. O ABECEDÁRIO de Gilles Deleuze. Entrevista concedida a Claire Parnet. Youtube. Vídeo produzido por Leandro Turco. 1988. 2h24min55s. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OuOfzEXqAx4. Acesso em: 10 jan. 2015.

DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Ed. 34, 2006.

DELEUZE, Gilles. Crítica e clínica. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2011.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a filosofia. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Acerca do ritornelo. In: DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Ed. 34, 1997. v. 4, p. 115-170.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Ed. 34, 2007. v. 2.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O Anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Ed. 34, 2010.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Kafka: por uma literatura menor. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.

DOSSE, François. História do Estruturalismo: o campo do signo. Campinas: Unesp, 1993. v. 1.

EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

GAGLIARDI, Caio. Disfarce e fraude autoral: por uma reconstituição do sujeito empírico na escrita. Revista Criação & Crítica [s./l.], n. 12, p. 106-119, 2014. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i12p106-119

GUATTARI, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2012.

GULLAR, Ferreira. A invenção da vida. In: GONÇALVES, José Eduardo (Org.). Ofício da palavra. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.

JANVIER, Antoine; PIERON, Julien. Postulats de la linguistique et politique de la langue – Benveniste, Ducrot, Labov. Dissensus: Revue de philosophie politique de l’ULg, n. 3, p. 138-163, 2010. Disponível em: https://popups.uliege.be/2031-4981/index.php?id=713&file=1&pid=710. Acesso em: 23 nov. 2019.

LONGWORTH, Guy. John Langshaw Austin. In: Stanford Encyclopedia of Philosophy, 2012. Disponível em: http://plato.stanford.edu/archives/win2013/entries/austin-jl/. Acesso em: 10 ago. 2018.

MACHADO, Roberto. Deleuze, a arte e a filosofia. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2009.

RUFFATO, Luiz. A subversão narrativa. In: GONÇALVES, José Eduardo (Org). Ofício da palavra. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.

SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix, 1994.

SEGRE, Cesare. Discurso. In: Enciclopédia Einaudi: Literatura-Texto. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1989. v. 17. p. 11-40,

TEDESCO, Silvia. Estilo e subjetividade: considerações a partir do estudo da linguagem. 1999. 255 f. Tese (Doutorado em Psicologia) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 1999.

TEDESCO, Silvia. A natureza coletiva do elo linguagem-subjetividade. Psicologia: Teoria e Pesquisa [online], v. 19, n. 1, p. 85-89, 2003. https://doi.org/10.1590/S0102-37722003000100011

TEDESCO, Silvia. Mapeando o domínio de estudos da psicologia da linguagem: por uma abordagem pragmática das palavras. In: KASTRUP, Virginia; TEDESCO, Silvia; PASSOS, Eduardo (Org.). Políticas da cognição. Porto Alegre: Sulina, 2008a. p. 21-45.

TEDESCO, Silvia. Linguagem: representação ou criação? In: KASTRUP, Virginia; TEDESCO, Silvia; PASSOS, Eduardo (Org.). Políticas da cognição. Porto Alegre: Sulina, 2008b. p. 113-135.

ZOURABICHVILI, François. O vocabulário de Deleuze. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2004.

Publiée

2022-06-02

Numéro

Rubrique

Artigos