Contágios deleuzianos acerca do corpo da/na clínica

Auteurs

  • Taís Ferreira Rodrigues Universidade Federal de Uberlândia , Uberlândia, MG, Brasil
  • Ricardo Wagner Machado da Silveira Universidade Federal de Uberlândia , Uberlândia, MG, Brasil

##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v33i2/5933

Mots-clés:

corpo, clínica, afecções, produção de subjetividade

Résumé

A presente pesquisa propõe investigar o conceito de corpo no pensamento do filósofo Gilles Deleuze e suas possíveis interfaces com a clínica, tendo como intercessores alguns de seus diálogos com Nietzsche e Espinosa. Para isso, buscaram-se as definições de corpo segundo esses autores. Para o primeiro, o corpo é relação de forças, e, para o segundo, é caracterizado pelo seu poder de afecção. A partir da leitura de Deleuze sobre eles, a corporeidade pode ser entendida como processualidade, permeada pelos estados intensivos que perpassam os corpos. Os encontros teóricos de Deleuze fazem a clínica pensar de que forma o corpo pode ser instrumento de invenção de si, pois é daí que se dão os processos de subjetivação. A experimentação, assim, se constitui como compromisso ético de uma clínica que se inventa a cada encontro. Problematiza-se, então, a potência da clínica para lançar os corpos para o exercício da criação.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Bibliographies de l'auteur

Taís Ferreira Rodrigues, Universidade Federal de Uberlândia , Uberlândia, MG, Brasil

Formada em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia, pós-graduanda em Psicodrama. Dançarina, com ênfase em danças urbanas. Atualmente, sua linha de atuação é o improviso, Krump, psicodrama, produção cultural e gestão de carreira em dança.

Ricardo Wagner Machado da Silveira, Universidade Federal de Uberlândia , Uberlândia, MG, Brasil

Graduação (1990) em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia-MG; Mestrado (1996) e Doutorado (2006) em Psicologia Clínica - Núcleo de Estudos e Pesquisas da Subjetividade - Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Pós-doutorado (2015) pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Portugal. Docente de ensino superior da Universidade Federal de Uberlândia - Instituto de Psicologia. Experiência com projetos de pesquisas e extensão relacionados com Acompanhamento Terapêutico (AT), Redução de Danos (RD) e Cinema Etnográfico.

Références

BORGES, Hélia. O movimento: o corpo e a clínica [online]. São Paulo: Cia do eBook, 2016. Disponível em: https://books.google.com.br/books?id=MCLcCwAAQBAJ&lpg=PT13&dq=nas%20dobras%20do%20corpo%20por%20uma%20cl%C3%ADnica%20das%20intensidades&hl=pt-BR&pg=PT13#v=onepage&q&f=false. Acesso em: jul. 2016.

COSTA, Fabiana Tomazzoni; MOEHLECKE, Vilene; FONSECA, Tania Mara Galli. Abrir o corpo da clínica. In: FONSECA, Tania Mara Galli; ENGELMAN, Selda (Org.). Corpo, Arte e Clínica. Porto Alegre: UFRGS, 2004. p. 299-304.

DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1976.

DELEUZE, Gilles. Espinosa: filosofia prática. São Paulo: Escuta, 2002a.

DELEUZE, Gilles. A imanência: uma vida…. Educação & Realidade [online], Porto Alegre, v. 27, n. 2, p. 1-9, 2002b. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/31079. Acesso em: 13 maio 2020.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O Anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Imago, 1976.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a filosofia? São Paulo: Editora 34, 1992.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 1995. v. 1.

DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. São Paulo: Escuta, 1998.

ESPINOSA, Baruch. Ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

FRAGA JÚNIOR, Órfilo Rodrigues. Corpo, força e potência: Nietzsche e Spinoza no pensamento de Deleuze. 2013. 114 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Programa de Pós-graduação em Filosofia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2013. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/15569/1/Orfilo%20Rodrigues.pdf. Acesso em: 13 maio 2020.

GIL, José. Abrir o corpo. In: FONSECA, Tania Mara Galli; ENGELMAN, Selda (Org.). Corpo, Arte e Clínica. Porto Alegre: UFRGS, 2004. p. 13-28.

GUATTARI, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético. São Paulo: Editora 34, 1992.

GUATTARI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes, 1999.

LIBERMAN, Flavia. O corpo como produção da subjetividade. Cadernos de Subjetividade - Dossiê: Corpo, São Paulo, v. 5, n. 2, p. 371-383, 1997. Disponível em: http://docs.google.com/fileview?id=0Byhsw-4JHq9gNTY4NmY1MGUtZWU4MC00ZjBmLTllYTAtOTU5NTZhZjk1MTZh&hl=pt_BR. Acesso em: 18 ago. 2020.

LIMA, Elizabeth M. F. de Araújo. Artes menores: criação de si e de mundos nas ações em saúde mental. In: AMARANTE, Paulo; NOCAM, Fernanda (Org.). Saúde mental e arte: práticas, saberes e debates. São Paulo: Zagadoni, 2012. p. 39-52.

NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983.

ORLANDI, Luiz B. L. Deleuze. In: PECORARO, Rossano (Org.). Os filósofos. Petrópolis: Vozes, 2009. v. 3, p. 256-279. Coleção Clássicos da Filosofia.

PASSOS, Eduardo; BENEVIDES, Regina. O que pode a clínica: a posição de um problema e de um paradoxo. In: FONSECA, Tania Mara Galli; ENGELMAN, Selda (Org.). Corpo, arte e clínica. Porto Alegre: UFRGS, 2004. p. 275-286.

PASSOS, Eduardo; BENEVIDES, Regina. Passagens da clínica. In: MACIEL, Auterives; KUPERMANN, Daniel; TEDESCO, Silvia (Org.). Polifonias: clínica, política e criação. Rio de Janeiro: Contracapa, 2006. p. 89-100.

RAUTER, Cristina; RESENDE, Catarina. Arte, clínica e transdisciplinaridade. Polêm!ca, Rio de Janeiro, v. 15, n. 3, p. 1-12, 2015. https://doi.org/10.12957/polemica.2015.19362

RESENDE, Catarina Mendes. Escutar com o corpo: a experiência sensível entre dança, poesia e clínica. 2013. 218 f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2013.

ROLNIK, Suely B. “Fale com ele” ou como tratar o corpo vibrátil em coma. In: FONSECA, Tania Mara Galli; ENGELMAN, Selda (Org.). Corpo, arte e clínica. Porto Alegre: UFRGS, 2004. p. 231-238.

SANDER, Jardel. Corpo-dispositivo: cultura, subjetividade e criação artística. Artcultura (UFU), Uberlândia, v. 13, n. 23, p. 129-142, 2011. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/artcultura/article/view/15129. Acesso em: 12 jul. 2020.

VIESENTEINER, Jorge Luiz. Experimento e vivência: a dimensão da vida como pathos. 2009. 337 f. Tese (Doutorado) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/280812. Acesso em: 14 ago. 2019.

ZEPPINI, Paola Sanfelice. Deleuze e o corpo: articulações conceituais entre Deleuze, Nietzsche e Espinosa em função da problemática do corpo. 2010. 153 f. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2010. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/278826. Acesso em: 12 out. 2019.

Publiée

##submission.updatedOn##

##submission.versions##

Numéro

Rubrique

Artigos