##submission.outdatedVersion##

Infância e ideais na palavra de educadores:

entre a criança-sujeito e a criança-objeto

Auteurs

  • Luiz Carlos Coutinho da Silva Júnior Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
  • Thayane Tomé Alves Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil
  • Luciana Gageiro Coutinho Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil
  • Cristiana Carneiro Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v33i2/5977

Mots-clés:

ideal de aluno, criança-sujeito, criança-objeto, escola, mal-estar

Résumé

O artigo é fruto da pesquisa intitulada “Infância, adolescência e mal-estar na escolarização: estudo de casos em psicanálise e educação”. Partindo da interlocução entre psicanálise e educação e do estudo de casos como método de pesquisa, cinco casos de crianças e adolescentes encaminhados pela escola à psiquiatria foram acompanhados, visando mapear o modo como se produz mal-estar na escolarização. A pesquisa partiu da investigação de quatro eixos discursivos: sujeito, família, especialistas e escola. Abordaremos, especificamente, um recorte da análise do eixo escola, baseados em transcrições de entrevistas com educadores e relatórios escolares anexados aos prontuários dos casos. Precisamente discutiremos a categoria ideal de aluno, extraída do discurso dos educadores e subcategorizada em criança-sujeito e criança-objeto. Ao final, discutimos a importância de criar espaços que favoreçam a flexibilização do olhar do educador para o aluno, na tensão entre o ideal e o real, suportando o mal-estar frente ao impossível do todo-educar.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Bibliographies de l'auteur

Luiz Carlos Coutinho da Silva Júnior, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Psicólogo e psicanalista, possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2017). Participou como bolsista do Projeto de Extensão "A Responsabilidade da Universidade Pública no Processo de Renovação e Ampliação da Assistência e da Formação em Saúde Mental: Extensão, Processos Assistenciais, Metodologias de Intervenção Coletiva e Processos de Educação para Saúde", realizado no Instituto de Psiquiatria do Brasil (IPUB/UFRJ) no período de 2013-2015. Foi pesquisador voluntário de Iniciação Científica (PIBIC/CNPQ) da pesquisa "Infância, adolescência e mal-estar na escolarização: estudos de casos em Psicanálise e Educação" no período de 2015-2017. Foi estagiário em Psicologia Clínica desenvolvido na Divisão de Psicologia Aplicada da UFRJ (DPA/UFRJ), atuando no atendimento de abordagem psicanalítica para crianças, adolescentes e adultos no período de 2014-2017. Atua em consultório particular desde 2017, realizando atendimentos para crianças, adolescentes e adultos. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Clínica e Psicanálise e Educação.

Thayane Tomé Alves, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (2017). Realizou os estágios curriculares nos projetos “Proposta de atendimento clínico com crianças e adolescentes”, com abordagem psicanalítica que oferece atendimento psicoterapêutico à demanda da população cliente do SPA/UFF (Serviço de Psicologia Aplicada da UFF), e “Psicologia na Educação Infantil”, que se baseia na perspectiva histórico-cultural e objetiva acompanhar o desenvolvimento integral das crianças matriculadas em uma Unidade Municipal de Educação Infantil. Participou do curso “Analítica do Vocacional” como coordenadora de um grupo de trabalho, realizando atendimentos e intervenções contextualizadas na área, de acordo com as demandas. Foi bolsista de Iniciação Científica (PIBIC/CNPQ) da pesquisa “Infância, adolescência e mal-estar na escolarização: estudos de casos em Psicanálise e Educação” no período 2016 a 2017. Participou como estagiária do projeto de extensão “Romances Familiares: atendimento clínico a situações de violência doméstica”, realizado no SPA/UFF no período de 2016 a 2017. Atualmente é Psicóloga Clínica em consultório particular (2018). Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Desenvolvimento Infantil, Psicanálise e Educação.

Luciana Gageiro Coutinho, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil

Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1992), mestrado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1997) e doutorado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2002) com bolsa-sanduíche (CNPQ) em Paris VII. Realizou pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica da UFRJ (2018). Atualmente é Professora Associada da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense (desde 2009), onde integra o Programa de Pós-Graduação em Educação e o Programa de Pós-Graduação em Psicologia. É líder do diretório de pesquisa Psicanálise, Educação e Laço Social (LAPSE/UFF) e membro do diretório de pesquisa Subjetividade, Educação e Cultura (NUPSE/ UFF). Atua também como professora/colaboradora no Curso de Especialização em Psicanálise e Psiquiatria da Infância e Juventude no SPIA/IPUB-UFRJ (Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria da UFRJ). Membro do GT Psicanálise e Educação da ANPEPP (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia). É também pesquisadora associada ao NIPIAC (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Intercâmbio para a Infância e Adolescência Contemporâneas) da UFRJ e participa da comissão nacional da Associação Nacional Rede de Pesquisadores e Pesquisadoras da Juventude Brasileira - REDEJUBRA.. Membro da RED INFEIES (Red interuniversitária internacional de estudos e investigações psicanalíticas e interdisciplinares em infância e instituições) e da RUEPSY (Rede Universitária Internacional de Estudos Psicanalíticos na Educação). Psicanalista, membro do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro. Sua área de pesquisa e atuação se dá na interface da psicanálise com a educação e em diálogo com outras áreas das ciências humanas e sociais, concentrando-se nas questão relativas à adolescência, do ponto de vista clínico, social, institucional e político. Dedica-se principalmente aos seguintes temas: adolescência, educação, psicanálise e laço social.

Cristiana Carneiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Psicanalista e professora Associada da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pós-doutora Sorbonne - Paris Diderot (2018). Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992), especialização em psicanálise pela Universidade Santa Úrsula (1997) mestrado em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1997) doutorado em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002). Foi professora do curso de Especialização em Psicanálise da Associação Universitária Santa Úrsula e do Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro até 2009. Desde então é professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro sendo também, a partir de 2016, professora permanente do Programa de Pós Graduação em Psicologia da UFRJ, na Linha Subjetividade, Cultura e Clínica. Coordena o NIPIAC (Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Intercâmbio para a Infância e Adolescência Contemporâneas) e faz parte do Conselho Científico da Revista Desidades, criada pelo NIPIAC em 2014. Também participa da comissão nacional da Associação Nacional Rede de Pesquisadores e Pesquisadoras da Juventude Brasileira ? REDEJUBRA É editora associada da revista Arquivos Brasileiros de Psicologia. Coordena o GT Psicanálise e Educação da ANPEPP (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia). Participa do grupo Psicanálise, Educação e Laço Social (LAPSE), do CLINP (Clínica Psicanalítica), RED INFEIES (Red Interuniversitária Internacional de Estudos e Investigações Psicanalíticas e Interdisciplinares em Infância e Instituições) e da RUEPSY (Rede Universitária Internacional de Estudos Psicanalíticos na Educação). Pesquisa a clínica e a educação, tendo como eixos a infância e a adolescência.

Références

ARIÈS, P. História Social da Criança e da Família. 2ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 1981.

CARNEIRO, C.; COUTINHO, L. Psicanálise e Educação, por um encontro possível. In: COUTINHO, L.; LEHMANN, L. (orgs). Psicologia e Educação: Interfaces. Niterói, EDUFF, 2015.

CASTRO, L.R. Re-visitando a infância contemporânea: passagens, possibilidades e destinos. In: Colóquio do Lepsi IP/FE-USP, v.3, 2001, São Paulo.

____________. A infância e seus destinos no contemporâneo. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 8, n. 11, p. 47-58, jun., 2002.

CASTRO, L. R.; BESSET, V. L. Pesquisa-intervenção na infância e juventude. Rio de Janeiro: Nau. 2008.

COLLARES, C. A. L.; MOYSÉS, M. A. A. . Preconceitos no cotidiano escolar: ensino e medicalização. São Paulo: Cortez. 1996.

COLLI, F. A. G. (2005). O Grupo Ponte. In F. A. G. Colli, & M. C. Kupfer (2005), Travessias: a experiência do Grupo Ponte – Pré-escola terapêutica Lugar de Vida. São Paulo: Casa do Psicólogo. p. 29-34.

COUTINHO, L. G.; CARNEIRO, C. Infância, adolescência e mal-estar na escolarização: interlocuções entre a psicanálise e a educação. Psicol. clin., Rio de Janeiro, v. 28, n. 2, p. 109-129, 2016.

FREUD, S. Sobre Narcisismo: uma Introdução (1914). In: _________. A História do Movimento Psicanalítico, Artigos sobre Metapsicologia e Outros Trabalhos. Rio de Janeiro: Imago Editora, v. XIV. p. 85-119.

_________. Análise de uma Fobia em um Menino de Cinco Anos (1909). In: ________. Duas histórias clínicas (O “Pequeno Hans” e o “Homem dos ratos”). Rio de Janeiro: Imago Editora, v. X. p. 13-133.

_________. Mal-Estar na Civilização (1930). In:________. O Mal-Estar na Civilização, Novas Conferências Introdutórias à Psicanálise e Outros Textos (1930-1936). São Paulo: Companhia das Letras, v. 18. 2010. p. 13-122.

KUPFER, M. C. M. Freud e a Educação. São Paulo: Scipione. 1995.

_______________. Educação para o futuro: Psicanálise e Educação. São Paulo: Escuta, 2000.

______________. Inclusão social: a igualdade e a diferença vistas pela psicanálise. In: F. A. G. Colli, & M. C. Kupfer (Orgs.), Travessias: a experiência do Grupo Ponte – Pré-escola terapêutica Lugar de Vida (pp. 17-28). São Paulo: Casa do Psicólogo. 2005

LAJONQUIÈRE, L de. A criança, "sua" (in)disciplina e a psicanálise. In: AQUINO, J. (org.) Indisciplina na Escola, São Paulo: Summus, p. 25-37., 1996.

________________. Dos “Erros” e em Especial daquele de Renunciar à Educação: Notas sobre Psicanálise e Educação. Estilos da Clínica: Revista sobre a Infância com Problemas. USP: Instituto de Psicologia Ano II (n. 2), 1997.

________________. Infância e Ilusão (psico)Pedagógica. Escritos de Psicanálise e Educação. Petrópolis: Vozes, 1999.

________________. Figuras do infantil: a psicanálise na vida cotidiana com as crianças. Petrópolis: Vozes. 2010.

LEGNANI, V. N.; ALMEIDA, S. F. C. de . A idealização do ato educativo: efeitos no fracasso escolar de crianças das classes populares. Estilos da Clínica (USP), São Paulo – SP, v. V, n.8, p. 94-111, 2000.

LIMA, A. M. ; MACHADO, L. B. . O 'bom aluno' nas representações sociais de professoras: o impacto da dimensão familiar. Psicologia & Sociedade (Online) , v. 24, p. 150-159, 2012.

MILLOT, C. Freud antipedagogo. Rio de Janeiro: Zahar. 1987.

PULLOL, M. T. A criança-sujeito, ou… pode uma criança ser sujeito numa instituição educativa? In: FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS E A CRIANÇA-SUJEITO, 7., 2009, São Paulo. Colóquio - Comunicações Livres. São Paulo: [s. n.], 2009.

RANGEL, Mary. 'Bom aluno': real ou ideal?: o quadro teórico da representação social e suas contribuições à pesquisa. Petrópolis: Vozes, 1997.

SANADA, E.R. Implicações do "contemporâneo educacional" sobre a constituição da criança-sujeito. In: FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS E A CRIANÇA-SUJEITO, 7., 2009, São Paulo. Colóquio - Comunicações Livres. São Paulo: [s. n.], 2009.

SANTOS, M.F.S.; CRUZ, F.M.L.; BELÉM, R. Adolescentes podem ser alunos ideais? Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 30, n. 3, p.173-193, Julho-Setembro 2014.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2005.

##submission.downloads##

Publiée

2021-08-31

##submission.versions##

Numéro

Rubrique

Artigos

##plugins.generic.recommendByAuthor.heading##