Novas tecnologias de vigilância e a gestão de violências

Autores

  • Irme Salete Bonamigo Unochapecó

Palavras-chave:

violência, Teoria Ator-Rede, tecnologias de vigilância e controle, políticas públicas

Resumo

Este artigo discute as tecnologias de vigilância e controle como estratégia de gestão de violências, a partir do acompanhamento do projeto de instalação de câmeras de monitoramento eletrônico na cidade de Chapecó (SC). Trata-se de um estudo etnográfico, articulado com as contribuições da Teoria Ator-Rede, que abrangeu a investigação de quatro jornais locais, durante um ano, a realização de 31 entrevistas, a coleta de 32 documentos e a observação participante, com registro em diário de campo. A descrição dos eventos permitiu identificar a vinculação da categoria violência aos danos relacionados ao patrimônio público e privado e sua conexão com as novas tecnologias de vigilância e controle, a partir da mediação de três outras categorias: proteção, segurança e prevenção. O estudo busca contribuir com a discussão do tema violências na contemporaneidade, a partir da análise de redes que visam à produção de segurança, permitindo compreender e repensar práticas sociais e políticas públicas.

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Biografia do Autor

Irme Salete Bonamigo, Unochapecó

Doutora em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), docente do Programa de Pós-Graduação Mestrado em Políticas Sociais e Dinâmicas Regionais e do Curso de Psicologia da Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó). Integra o grupo de pesquisa Entre_Redes / CNPq e o Núcleo de Estudos sobre Violências (NESVI – Unochapecó / CNPq.

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Publicado

2013-12-31

Como Citar

BONAMIGO, I. S. Novas tecnologias de vigilância e a gestão de violências. Fractal: Revista de Psicologia, v. 25, n. 3, p. 659-674, 31 dez. 2013.

Edição

Seção

Artigos