Psicoterapia e psicofarmacologia: a percepção de psicólogos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/1984-0292/v30i2/5568

Palavras-chave:

psicofármacos, psicoterapia, atitudes e prática em saúde, visão de psicólogos

Resumo

Este trabalho tem como objetivo, compreender como os psicólogos inseridos na Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros - MG, no ano de 2015, veem estes três eixos pertinentes: psicoterapia, psicofármacos e a relação existente entre eles. Trata-se de um estudo do tipo quantitativo e qualitativo, de corte transversal, de uma amostra censitária, com enfoque exploratório e delineamento de estudo de caso. Foi realizada uma análise de 27 questionários de psicólogos no período de janeiro a julho de 2015. Através da discussão e dos resultados, foi possível compreender que a maioria dos psicólogos percebem os psicofármacos como auxiliadores no processo psicoterápico e que concordam que alguns pacientes necessitam utilizar os psicofármacos durante este processo. Conclui-se então que, esta pesquisa possibilitou compreender como se encontra, atualmente, o cenário do atendimento psicológico na rede da Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros - MG.

Downloads

Biografia do Autor

  • Camila Bianca Figueiredo Azevedo, Faculdade de Saúde Ibituruna, Montes Claros, MG
    Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia
  • Joseny Alves Fagundes, Faculdade de Saúde Ibituruna, Montes Claros, MG
    Possui graduação em psicologia pela Faculdade de Saúde Ibituruna(2015).
  • Ângela Fernanda Santiago Pinheiro, Faculdade de Saúde Ibituruna, Montes Claros, MG
    Mestra em Desenvolvimento Social pela Unimontes com a defesa da dissertação "Papéis de gênero em processos criminais de violência contra mulheres". Especialista em Terapia cognitivo-comportamental. Atualmente é docente nos cursos de Psicologia da FASA, FASI e Supervisora de estágios no NASPP - Pitagoras. Possui graduação em Letras Espanhol pela Universidade Estadual de Montes Claros (2004) e graduação em Psicologia - Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros (2007). Tem experiência na área de Letras, Psicologia Criminal e Clínica.

Referências

AROUCA, S. Reforma sanitária. Rio de Janeiro, 1998. Disponível em: http://bvsarouca.icict.fiocruz.br/sanitarista05.html. Acesso em: 30 out. 2014.

BARREIROS, J. A. B. A. Explicitação dos processos de mudança em psicoterapia de orientação psicodinâmica em pacientes com dor crônica. 2012. Dissertação (Mestrado em Psicologia Clínica), Instituto Universitário, Lisboa, Portugal, 2012. Disponível em: http://hdl.handle.net/10400.12/2566. Acesso em: 27 jun. 2016.

BENIA, L. R. Desemprego: luto ou melancolia. 2000. 110 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia Social e Institucional)Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2000.

BEZERRA, M. L. M. Psicofarmacologia e psicoterapia: mitos, benefícios e interferências. In: ENCONTRO PARANAENSE, CONGRESSO BRASILEIRO, CONVENÇÃO BRASIL/LATINO-AMÉRICA, 13., 8., 2., 2008. Anais... Curitiba: Centro Reichiano, 2008. CD-ROM.

BIRMAN, J. Mal-estar na atualidade: a psicanálise e as novas formas de subjetivação. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

BOTEGA, N. J. Prática psiquiátrica no hospital geral. Porto Alegre: Artmed, 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 196/96 de 14 de janeiro de 1987. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Disponível em: http://www.ufrgs.br/bioetica/res19696.htm. Acesso em: 15 ago. 2014.

CABRAL, A. C. C.; FABRI, R. F. Conhecimento sobre a doença e expectativas do tratamento em familiares de pacientes no primeiro episódio psicótico: um estudo transversal. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, v. 27, n. 1, p. 32-38, jan./abr. 2005. doi: 10.1590/S0101-81082005000100004

CANGUILLHEM, G. O Normal e o patológico. Tradução de Maria Tereza Redig de Carvalho Barrocas. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.

CARDOSO, L; GALERA, S. A. F. Doentes mentais e o seu perfil de adesão ao tratamento psicofarmacológico. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 43, n. 1, p. 161-167, mar. 2009. doi: 10.1590/S0080-62342009000100021

CARVALHO, S. R. et al. Medicalização: uma crítica (im) pertinente? Physis, Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 4, p. 1251-1269, out./dez. 2015. doi: 10.1590/S0103-73312015000400011

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução n. 010/05, de 12 de maio de 2005. Código de Ética Profissional do Psicólogo. 2005. Disponível em: https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia.pdf. Acesso em: 20 abr. 2016.

CORDEIRO, H. O Instituto de Medicina Social e a Luta pela Reforma Sanitária: Contribuição à História do SUS. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, n. 2, p. 343-362, jul. 2004. doi: 10.1590/S0103-73312004000200009

CURY, J. A. Inteligência multifocal: análise da construção dos pensamentos e da formação dos pensadores. São Paulo: Pensamento/Cutrix, 1998.

EELLS, T. D. Psychotherapy versus medication for unipolar depression. Journal of Psychotherapy Practice and Research, v. 8, n. 2, p. 170-173, 1999.

FRANCO, L. T. A impressão de psicoterapeutas em treinamento sobre a importância de psicotrópicos para o tratamento de sofrimentos psíquicos. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia)__Universalidade Católica de Brasília, Brasília, 2012. Disponível em: https://repositorio.ucb.br/jspui/bitstream/10869/5681/5/La%C3%ADs%20Tartuce%20Franco.pdf. Acesso em: 18 out. 2015.

FREY, B. N.; MABILDE, L. C.; EIZIRIK, C. L. A integração da psicofarmacoterapia e psicoterapia de orientação analítica: uma revisão crítica. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 118-123, 2004. doi: 10.1590/S1516-44462004000200009

GABBARD, G. O. Psiquiatria psicodinâmica: baseado no DSM-IV. 2. ed. São Paulo: Artes Médicas Sul, 1994.

GENTIL, V. et al. Clomipramine-induced mood and perceived performance changes in selected healthy individuals. Journal of Clinical Psychopharmacology, v. 27, n. 3, p. 314-315, jun. 2007. doi: 10.1097/01.jcp.0000270084.15253.5c

HOGA, L. A. K. A dimensão subjetiva do profissional na humanização da assistência à saúde: uma reflexão. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 38, n. 1, p. 13-20, mar. 2004. doi: 10.1590/S0080-62342004000100002

KIMURA, A. M. Psicofármacos e psicoterapia: a visão de psicólogos sobre medicação no tratamento. 2005. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia)__Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, 2005. Disponível em: http://newpsi.bvs-psi.org.br/tcc/220.pdf. Acesso em: 22 out. 2015.

MACHADO, J. S. A. Gênero sem razão: mulheres e loucura no sertão norte mineiro. 2009. Dissertação (Mestrado)__Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, 2009. Disponível em: http://livros01.livrosgratis.com.br/cp115728.pdf. Acesso em: 12 jan. 2015.

MENDONÇA, A. M. G. Reforma psiquiátrica em Montes Claros: Perspectiva Histórica. 2009. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Social)__Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, 2009. Disponível em: http://livros01.livrosgratis.com.br/cp115727.pdf . Acesso em: 20 dez. 2017.

NECKEL, G. L. et al. Desafios para a ação interdisciplinar na atenção básica: implicações relativas à composição das equipes de saúde da família. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 14 (supl 1), p. 1463-1472, set./out. 2009. doi: 10.1590/S1413-81232009000800019

OCCHINI, M.; TEIXEIRA, M. Atendimento a pacientes dependentes de drogas: atuação conjunta do psicólogo e do psiquiatra. Estudos de Psicologia, Natal, v. 11, n. 2, p. 229-236, maio/ago. 2006. doi: 10.1590/S1413-294X2006000200012

PAULIN, T.; LUZIO, C. A. A Psicologia na Saúde Pública: desafios para a atuação e formação profissional. Revista de Psicologia da UNESP, Assis, v. 8, n. 2, p. 98-109, 2009. Disponível em: http://observatoriodasauderj.com.br/wp-content/uploads/2017/05/A_Psicologia_na_Saude_Publica_desafios_p.pdf. Acesso em: 23 jun. 2015.

POWELL, A. D. The medication life. The Journal of Psychotherapy Practice and Research, v. 10, n. 4, p. 217-222, 2001. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3330671/. Acesso em: 15 mar. 2016.

RIBEIRO, J. P. Processo de mudanças em psicoterapia: reflexões sobre uma teoria da psicoterapia. Arquivo Brasileiro de Psicologia, Rio de Janeiro, v. 36, n. 2, p. 99-107, abr./jun. 1984. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/abp/article/viewFile/18987/17727. Acesso em: 15 mar. 2016.

ROMANO, B. W. Princípios para a prática da psicologia clínica em hospitais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.

SAFFER, P. L. O desafio da integração psicoterapia-psicofarmacoterapia: aspectos psicodinâmicos. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v. 29, n. 2, p. 223-232, ago. 2007. doi: 10.1590/S0101-81082007000200015

SADOCK, B. J. Signs and Symptoms in Psychiatry. In: SADOCK, B. J.; SADOCK V. A. (Ed). Comprehensive textbook of psychiatry. 7th ed. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins, 2000. p. 677-89.

TELES, M. L. S. O que é Psicologia? São Paulo, 2003.

TENGAN, S. K.; MAIA, A. K. Psicoses funcionais na infância e adolescência. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 80, n. 2, supl. p. 3-10, abr. 2004. doi: 10.1590/S0021-75572004000300002

VASCONCELOS, E. M. (Org.). Saúde mental e serviço social: o desafio da subjetividade e da interdisciplinaridade. São Paulo: Cortez, 2002.

Downloads

Publicado

2018-07-19

Como Citar

Psicoterapia e psicofarmacologia: a percepção de psicólogos. Fractal: Revista de Psicologia, Rio de Janeiro, Brasil, v. 30, n. 2, p. 281–290, 2018. DOI: 10.22409/1984-0292/v30i2/5568. Disponível em: https://periodicos.uff.br/fractal/article/view/5568. Acesso em: 11 ago. 2025.