A ficção do híbrido. Borges e a monstruosidade textual

Autores/as

  • Raúl Antelo Universidade Federal de Santa Catarina

Palabras clave:

modernidade e exaustão, monstruosidade textual, nação e identidades pós-coloniais

Resumen

A ficção modernista constrói-se em torno da passagem ou mediação de valores. Centrada na figura do árbitro ou do tradutor de experiências, ela propõe a energia canalizada de uma transculturação como o meio de se atingir o trânsito da natureza à cultura ou do mito ao esclarecimento. Sua disciplina exemplar foi a literatura comparada. Porém, no esgotamento da modernidade, uma outra ficção teórica, a do híbrido, veio ocupar o lugar daquela. Ela narra o diferimento ou disseminação desses limites, ora transformados em limiares de sentido. Sua institucionalização acadêmica corresponde aos estudos pós-coloniais ou subalternistas, porém, certo veio ambivalente da dissidência modernista poderia ser apontado como seu precursor. É o caso da monstruosidade textual em Borges.

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Biografía del autor/a

Raúl Antelo, Universidade Federal de Santa Catarina

Professor titular de literatura brasileira na Universidade Federal de Santa Catarina. Pesquisador do CNPq, foi professor visitante em várias universidades brasileiras e estrangeiras (Yale, Duke, Texas at Austin, Leiden). É autor de Literatura em Revista (Atica, 1984); Na Ilha de Marapatá (Hucitec /INL, 1986); João do Rio: o dândi e a especulação (Timbre/Taurus, 1989); Parque de diversões Aníbal Machado (Ed. da UFMG/Ed. da UFSC, l994); Algaravía. Discursos de nação (Ed. da UFSC, 1998); Transgressão & Modernidade (EUPG, 2001 ). Colaborou em várias obras coletivas. Tem artigos recentes em Revista Iberoamericana; Protée (Québec); Inimigo Rumor (Rio de Janeiro ); Revista Brasileira de Literatura Comparada; Revista de Crítica Cultural (Santiago de Chile), Radar Libros e Punto de Vista (Buenos Aires) bem como em alguns catálogos de exposições. Editou A alma encantadora das ruas de João do Rio (Companhia das Letras, l997); Ronda das Américas de Jorge Amado (Oficina da palavra, 2001); Antonio Candido y los estudios latinoamericanos (Pittsburgh, Instituto Internacional de Literatura Iberoamericana, 2002) e a Obra Completa de Oliverio Girando para a coleção Archives da Unesco (1999), onde também colaborou nas edições críticas de Mário de Andrade, Henriquez Urefia e Joana Manso. Foi presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC) e consultor de literatura brasileira da Revista Iberoamericana de Pittsburgh.

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Publicado

2001-06-30

Cómo citar

Antelo, R. (2001). A ficção do híbrido. Borges e a monstruosidade textual. Gragoatá, 6(10), 11-21. Recuperado a partir de https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/49014