Os velhos “marionetes”: Quincas Berro D’Água, versões e construção de identidade
Mots-clés:
Marionetes. Dramaturgia popular. Jorge Amado. Quincas Berro D’ÁguaRésumé
Neste artigo, o exame do conto “A morte e a morte de Quincas Berro D’Água”, extraído de Os velhos marinheiros (1961) revela que, em sua elaboração, Jorge Amado aproveitou-se de personagens correntes na dramaturgia popular, e recorrentes em sua obra. Estas personagens, oriundas da tradição européia da “comedia dell’arte”, na ficção de Amado se mesclam à arte popular regional, de forte influência africana. Com isso, o conto pode receber uma nova leitura que deixa de privilegiar o caráter fantástico da narrativa para ressaltar o seu aspecto dramático, subvertendo a compreensão do cidadão brasileiro, Quincas, que adquire expressividade através da manifestação artística popular, já que o próprio protagonista ganha traços de marionete. Na cena final, os cabos das velas do saveiro balançam vazios após o desaparecimento do boneco que animavam, deixando em seu lugar a possibilidade de diferentes versões que o construam.##plugins.generic.usageStats.downloads##
##submission.downloads##
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
AUTORIZAÇÃO
Autores que publicam em Gragoatá concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos e cedem à revista o direito à primeira publicação, simultaneamente submetido a uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite o compartilhamento por terceiros com a devida menção ao autor e à primeira publicação pela Gragoatá.
Os autores podem entrar em acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada da obra (por exemplo, postá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na Gragoatá.
A Gragoatá utiliza uma Licença Creative Commons - Atribuição CC BY 4.0 Internacional.