Interação Fictiva como exemplificação em discurso direto: ensino-aprendizagem de português como língua estrangeira

Auteurs

  • Luiz Fernando Matos Rocha Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Jéssica da Costa Silva Universidade Federal de Juiz de Fora https://orcid.org/0000-0001-9001-2344

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https://doi.org/10.22409/gragoata.v28i62.57476.pt

Mots-clés:

Linguística Cognitiva, Fictividade, Discurso Direto Fictivo, Português como Língua Estrangeira

Résumé

Este artigo investiga instâncias de Interação Fictiva (IF) em discurso direto como exemplificações de argumentos e explicações, no ensino-aprendizagem de Português como língua estrangeira. Adotam-se autores da Linguística Cognitiva: Talmy (2000), para se tratar da fictividade; Fillmore (1982), da noção de frame; Langacker (2008), de frame atencional; Fauconnier (1994, 1997), de projeção de espaços mentais; Sanders e Redeker (1996), de perspectiva; Pascual (2002, 2006, 2014), da IF como forma de organizar pensamento, gramática e discurso; Rocha (2020, 2022), da dimensão fictiva do discurso direto em relação à factiva. Quanto à metodologia, analisam-se dados de duas aulas em uma turma de nível superior da disciplina de Português como Língua Estrangeira. Assume-se uma abordagem metodológica baseada em corpus (corpus-based) e guiada por corpus (corpus-driven) (MCENERY; HARDIE, 2012; TOGNINI-BONELLI, 2001), possibilitando que os dados tenham maior protagonismo, considerando-se uma categoria já estabelecida. A análise qualitativa revela ocorrências de Exemplificação em Discurso Direto Fictivo visando a promover no discurso conceptualizações de condição adversa, estado de contemplação, estado de desorientação, reconhecimento repentino ou insight e explicação didática. Os achados demonstram que o fenômeno é produtivo em contexto de sala de aula, ocorrendo na fala docente e discente com propósitos comunicativos voltados para a argumentação e para a explicação. Além disso, revelam que as ocorrências apresentam um caráter performático, linguística e prosodicamente marcado, tornando a manifestação mais vívida, como um convite aos interlocutores a se projetarem em coordenadas espaço-temporais distintas da cena comunicativa corrente, objetivando convencimento e clareza no processo de ensino-aprendizagem.

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Bibliographies de l'auteur

Luiz Fernando Matos Rocha, Universidade Federal de Juiz de Fora

Doutor em Linguística (UFRJ, 2004), mestre em Linguística (UFJF, 2000), graduado em Letras (Português e Latim, UFJF, 1998) e bacharel em Comunicação Social (Jornalismo, UFJF, 1991). É docente e pesquisador da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora (FALE/UFJF) e tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Linguística Cognitiva, atuando principalmente nos seguintes temas: cognição, discurso reportado, fictividade e gramática. Cumpriu estágio pós-doutoral (bolsista da CAPES - Processo: BEX 4084/10-1), na Universidade Católica Portuguesa (Braga), no âmbito do Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos (CEFH), no qual atua como membro integrado do projeto de investigação "Sociolinguística Cognitiva e Variação do Português Europeu e Brasileiro", pertencente ao grupo de investigação "Estudos de Linguagem e Comunicação". É também membro do Grupo de Pesquisa Interfaces Linguagem, Cognição e Cultura - INCOGNITO, da UFMG, e do Laboratório de Estudos Avançados de Linguagens (LEAL), da Universidade Católica de Pelotas.

Jéssica da Costa Silva, Universidade Federal de Juiz de Fora

Graduada em Letras - Português pela Universidade Federal de Juiz de Fora e Mestre em Linguística pela mesma instituição. Cursando um curso de Pós - Graduação em Neuroeducação. Atualmente trabalha como professora de inglês nos seguintes segmentos: Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e Ensino Médio.

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Publiée

2023-11-14