Folclore brasílico no segundo ato de na Festa de São Lourenço, de Anchieta (1587): questões crítico-interpretativas e historiográficas

Auteurs

  • Leonardo Ferreira Kaltner Universidade Federal Fluminense
  • Melyssa Cardozo Silva dos Santos Universidade Federal Fluminense

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https://doi.org/10.22409/gragoata.v29i63.58856.pt

Mots-clés:

Estudos anchietanos, Folclore Brasílico, Auto de S. Lourenço

Résumé

O artigo tem como objetivo debater questões interpretativas de exegese sobre o texto do auto Na Festa de São Lourenço, de 1587, escrito pelo missionário e humanista S. José de Anchieta (1534-1597), no contexto da América portuguesa quinhentista. A obra foi encenada na comunidade indígena de São Lourenço em Niterói, ainda no século XVI, e é um dos principais registros da produção intelectual do período colonial. Modernamente, o texto do autor foi reeditado por Maria de Lourdes de Paula Martins, em um extenso volume com as Poesias de Anchieta (ANCHIETA, 1989 [1954]), e por Armando Cardoso, na edição dos Monumenta Anchietana (ANCHIETA, 1977). Nossa interpretação crítica terá como escopo retomar a análise desenvolvida por Câmara Cascudo, na obra Antologia do Folclore Brasileiro (2002 [1944]), em que cita os textos de Anchieta e de cronistas do século XVI como fonte para os estudos de folclore no Brasil. Buscamos problematizar como a interpretação folclórica aproxima-se ao método da exegese da disciplina de Crítica Textual. Por fim, em perspectiva interdisciplinar com a disciplina de Historiografia da Linguística, buscaremos evidenciar como o “pensamento linguístico” (linguistic thought) (SWIGGERS, 2013; 2019) de Anchieta estava vinculado ao estudo de tradições populares indígenas na América portuguesa quinhentista, o que conceituamos como um Folclore brasílico colonial.

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Bibliographies de l'auteur

Leonardo Ferreira Kaltner, Universidade Federal Fluminense

Professor Associado 3 (classe d) de Língua e Literatura Latinas e docente do Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem (POSLING) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Doutor e Mestre em Culturas da Antiguidade Clássica (Letras Clássicas) (UFRJ/CAPES, 2009 e 2007). Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Ensino de línguas adicionais) (UFF, 2016). Graduado (Bacharel) em Letras: Habilitação Português-Latim (UERJ, 2005). Realizou estágio de pós-doutorado em Letras e Linguagem (UERJ, 2013). Líder do Grupo de Pesquisa Filologia, línguas clássicas e línguas formadoras da cultura nacional (FILIC/CNPq/SBEC/UFF). Coordenador da área de Historiografia da Linguística da Associação Brasileira de Linguística (Abralin, 2020-2024). Acadêmico da Academia Brasileira de Filologia (ABRAFIL, cadeira n. 05 - Patr. Francisco de Adolfo Varnhagen) e da Akademie Brasil-Europa für Kultur- und Wissenschaftswissenschaft (ISMPS e.V., 2007). Membro fundador da Association of European Researchers in Brazil (AERB/Euraxess-LAC, Latin America and the Caribbean), coordenador da Culture section (German researcher) e membro do GT da Anpoll de Historiografia da Linguística Brasileira. Tem experiência nas áreas de Letras e Linguística, com ênfase em Línguas Clássicas, atuando principalmente nos seguintes temas: Historiografia da Linguística, Gramaticografia, Linguística Missionária e Língua Latina.

Melyssa Cardozo Silva dos Santos, Universidade Federal Fluminense

Doutoranda em Estudos da Linguagem (UFF/CAPES) e Professora Substituta de Língua Latina (UERJ). Possui graduação em Letras (Português - Latim) pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestrado em Estudos de Linguagem, com ênfase em Historiografia da Linguística, pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem (PosLing-UFF). Graduada em Língua e Literatura Francesa (UFF). Integra o grupo de pesquisa: Filologia, línguas clássicas e línguas formadoras da cultura nacional (FILIC/CNPq/ UFF). Tem experiência na área de Letras, atuando nos seguintes temas: Historiografia Linguística e Línguas Clássicas.

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Publiée

2024-04-30