A EXPANSÃO DA ECONOMIA-MUNDO EUROPEIA SOB O PRISMA DO ALIMENTO:
O CASO DA GUERRA DOS TRINTA ANOS (1618-1648)
Palavras-chave:
Economia-mundo, Alimento, ; Guerra dos Trinta AnosResumo
A crise financeira de 2008, a pandemia da Covid-19 e a atual guerra na Ucrânia evidenciaram ainda mais a assimetria entre os membros do sistema interestatal moderno, sobretudo na temática da fome, face aos distúrbios provocados por tais calamidades em meio ao comércio internacional de alimentos e insumos agrícolas, marcado por latentes especializações produtivas e relações assimétricas de interdependência. Neste sentido, direcionamos uma investigação histórica à gênese deste sistema desigual de comércio, no que tange ao circuito de alimentos, a fim de compreendermos os mecanismos que pautam esta macroestrutura na longa duração. Nossa hipótese está centrada na compreensão de que as disputas entre as principais potências europeias, durante a fase de consolidação da economia-mundo capitalista, estavam atreladas a um contexto intercontinental no qual o alimento figurou como um dos elementos centrais em meio às posições de privilégio nesta estrutura. Ao longo da pesquisa, de caráter qualitativo-dedutiva, demonstramos que a disputa interestatal europeia engendrou uma economia-mundo, fortificada quando da cessação da Guerra dos Trinta Anos, na qual a fome e a bonança passaram a estar paulatinamente atreladas à dimensão político-social da relação entre humanidade e natureza, sob o prisma da inserção heterogênea na divisão do trabalho em escala global.
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Referências
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ARRIGHI, Giovanni. The Long Twentieth Century: Money, Power and the Origins of Our
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