Clínica, Mídia e Consumo: Das Medialidades do Transtorno de Estresse Pós-Traumático
DOI:
https://doi.org/10.22409/ppgmc.v13i1.28120Palavras-chave:
Transtorno de Estresse Pós-Traumático, Trauma de Guerra, Medialidade, Experiência, GenealogiaResumo
O presente artigo apresenta o esboço de uma genealogia do processo de constituição da experiência traumática como entidade nosológica. Nesta genealogia, procuramos inscrever as relações entre mídia e saúde sobre o solo imanente das relações entre corpo e experiência, através do conceito de medialidade. Articulamos três momentos de três adjacências históricas heterogêneas de modo a compor os estratos que sedimentaram o que hoje assume a forma do Transtorno de Estresse Pós-Traumático: práticas clínicas, paisagens midiáticas e modos de consumir articulam-se nas páginas que seguem a fim de adensar a compreensão do lugar privilegiado da mídia na elaboração de experiências traumáticas desde as primeiras décadas do século XX.
Downloads
Referências
ADAIR, B. “Did the Army get out-gamed?” In: St. Petersburg Times. 20 de fevereiro de 2005, < https://bit.ly/2GQK5ky >, acesso: 14/04/2011.
BAITELLO JR., N. A era da iconofagia: reflexões sobre imagem, comunicação, mídia e cultura. São Paulo: Paulus, 2014.
BAUMAN, Z. A arte da vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.
BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1996.
BEZERRA, B. “O ocaso da interioridade e suas repercussões sobre a clínica” In: Plastino, Carlos (org.). Transgressões. Rio de Janeiro: Ed. Contracapa, 2002.
BOLTER, J. D.; GRUSIN, R. Remediation: Understanding New Media. Cambridge, Massachussets: MIT Press, 2000.
COSTA, R. T. et. al. “Virtual Reality Exposure Therapy in the Treatment of Driving Phobia”. Psicologia: Teoria e Pesquisa, vol.21, n.1, pp. 131-137, 2010.
DEBORD, G. A Sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 2017.
ELIOT, T. S. The Complete Poems and Plays: 1909-1950. Nova York: Harcourt Brace Jovanovich.
FERRAZ, M. C. F. Homo deletabilis: corpo, percepção, esquecimento do século XIX ao XXI. Rio de Janeiro: Garamond, 2010.
__________. Ruminações: cultura letrada e dispersão hiperconectada. Rio de Janeiro: Garamond, 2015
FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2006.
__________. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
LIMA, R. C. Somos todos desatentos? O TDA/H e a construção de bioidentidades. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2005.
LIPOVETSKY, Gilles. A felicidade paradoxal: Ensaio sobre a sociedade de hiperconsumo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
MESKÓ, B. “Interview with Dr. Albert Rizzo: Virtual Reality Therapy. In: Medicine meets virtual reality 17, 24 de novembro de 2008, <https://bit.ly/2Gylxxz>, acesso: 15/04/2011.
MONDZAIN, M. J. Homo spectator. Paris: Editions Bayard, 2008.
MÜLLER, A.; FELINTO, E. “Medialidade: Encontros entre os Estudos Literários e os Estudos de Mídia”. Contracampo (UFF), v. 19, p. 125-136, 2008.
NIETZSCHE, F. Além do bem e do mal. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
__________. Genealogia da moral: uma polêmica. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
ROLNIK, S. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: Sulina, 2006.
SACRAMENTO, I. “Transformações no sentido do trauma: uma análise das manifestações do discurso terapêutico no programa Encontro com Fátima Bernardes”. Contemporânea | comunicação e cultura, vol.16, n. 3, pp. 708-727, 2018.
SCHESTATSKY, S. et al. “A evolução histórica do conceito de estresse pós-traumático”. Revista Brasileira de Psiquiatria, vol.25, suppl.1, pp.8-11, 2003.
SIBILIA, P. Redes ou paredes: A escola em tempos de dispersão. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.
YOUNG, A. The Harmony of Illusions: Inventing Post-Traumatic Stress Disorder. Princeton: Princeton University Press, 1995.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).