A emergência do cartaz nas Jornadas de Junho: excesso de palavras e políticas da escrita insurgente
DOI:
https://doi.org/10.22409/ppgmc.v12i3.26952Palabras clave:
Cartaz, política, dissenso, excesso de palavrasResumen
No artigo buscaremos compreender a emergência da intensa produção de cartazes que circularam nas manifestações de rua conhecidas como Jornadas de Junho, colocando em prática o exercício da escrita insurgente e sucitando modos excessivos de trazer vocabulários para as cenas coletivas de enunciação. Nos interessa perceber esses cartazes em suas possíveis relações com os sujeitos e os espaços da vida em comum, dando a ver as disputas de sentido, os jogos de poder e as ambiguidades da sociedade. Investigaremos como as práticas de produção e circulação dos cartazes nas Jornadas de Junho contribuíram para que a rua se tornasse mais do que lugar de consumo e fluxos capitalistas, redefinindo o uso e a percepção dos espaços urbanos.Descargas
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