El espectáculo del crimen en las producciones audiovisuales contemporáneas la serie documental sobre Elize Matsunaga

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22409/rmc.v17i2.57783

Palabras clave:

Audiovisual, serie documental, narrativa, crimen, Netflix

Resumen

Las transformaciones ocurridas en el siglo XIX ampliaron las narrativas que mezclaban la literatura con las noticias de los diarios, presentando al individuo los desafíos de vivir en la ciudad urbana. Si en el siglo XIX los seriales y fait divers garantizaban la emoción del público con impactantes narraciones “realistas” o basadas en noticias publicadas en periódicos; hoy, el espectáculo del crimen también se puede seguir a través de series contemporáneas, transmitidas vía streaming, como es el caso de Elize Matsunaga: Once Upon a Crime, en Netflix. A partir del creciente número de series documentales sobre crímenes que tuvieron amplia repercusión mediática, este artículo busca analizar la serie documental Elize Matsunaga: Érase una vez un crimen desde los dilemas que trae la contemporaneidad. Como producción original de Netflix en la voz del acusado, se considera que la imagen dialéctica que produce la obra audiovisual sería la imagen de la memoria rescatada de una situación anacrónica, de un presente evocador (DIDI-HUBERMAN, [1953] 2010). Vanessa Schwartz (2004), Paula Sibilia (2008), Tom Gunning (2004) y Foucault (1988) también se destacan como aportes teóricos en la discusión sobre el espectáculo del crimen y las transformaciones provocadas en el siglo XIX a la vida urbana que han repercusiones hasta la actualidad; Marlyse Meyer (1996), Peter Brooks (1995) y Ben Singer (2004), en el diálogo sobre seriales, imaginación melodramática y sensaciones provocadas por la modernidad; y Maria Cristina Mungioli (2017) y Umberto Eco (1989; 1997), para comprender la estructura narrativa serial actual.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Tatiana Helich Lopes, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Doutoranda em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. 

Felipe Gomberg, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Professor do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio. Doutor em Comunicação pela PUC-Rio. 

Citas

BENJAMIN, Walter. O Narrador [1933]. In: Magia e técnica, arte e política. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1993. (Obras Escolhidas, v. 1).

BRAGANÇA, Maurício; JUNIOR, Ícaro Ferraz Vidal. Ciência, legislação e literatura: corpo e cidade no universo prostibular mexicano da virada do século XIX ao XX. Revista História Comparada, v. 3, n. 2, 2009.

BROOKS, Peter. The Melodramatic Imagination: Balzac, Henry James, Melodrama, and the Mode of Excess. New Haven/Londres: Yale University Press, 1995.

DIDI-HUBERMEN, Georges. O que vemos, o que nos olha [1953]. São Paulo: Editora 34, 2010.

ECO, Umberto. Sobre os espelhos e outros ensaios. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1989.

ECO, Umberto. Seis passeios pelos bosques da ficção. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.

ECO, Umberto. A diferença entre livro e filme. Entrelivros. São Paulo, nov., 2005.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1988.

GUNNING, Tom. O retrato do corpo humano: a fotografia, os detetives e os primórdios do cinema. In: CHARNEY, Leo; SCHWARTZ, Vanessa (orgs.). O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo: Cosac Naify, 2004.

HELICH, Tatiana. As emoções nas telas e narrativas da Netflix: os casos de crimes reais em Amanda Knox, Alias Grace e Making a Murderer. Dissertação de mestrado. Rio de Janeiro, PUC-Rio, 2020.

HOLANDA, Karla. Documentário brasileiro contemporâneo e a micro-história. Fênix – revista de História e Estudos Culturais, vol. 3, ano III, 2006.

LOMBROSO, Cesare. O homem delinquente. [Tratado antropológico experimental do homem delinquente, 1876]. Tradução: Sebastian José Roque. São Paulo: Ícone, 2010.

MEYER, Marlyse. Folhetim: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

MITELL, J. Complex TV: the poetics of contemporary television storytelling. New York: New York University Press, 2015.

MORATELLI, Valmir. Elementos da narrativa ficcional no documentário seriado: estudo do arco dramático e das escolhas de edição no produto audiovisual. Cine-Fórum UEMS, 2021.

MOREIRA, Carol; BONAFÉ, Mabê. Modus Operandi: guia de true crime. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2022.

MUNGIOLI, Maria Cristina Palma. Poética das séries de televisão: elementos para conceituação e análise. Intercom. Curitiba, 2017.

PRIORE, Mary Del (org.). História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 1997.

REIMÃO, Sandra. Literatura policial brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

SCHWARTZ, Vanessa. O espectador cinematográfico antes do aparato do cinema. In: CHARNEY, Leo; SCHWARTZ, Vanessa. O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo: Cosac Naify, 2004.

SÉNECA. Medeia. Coimbra: Universidade de Coimbra, 2011.

SIBILIA, Paula. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

SINGER, Ben. Modernidade, hiperestímulo e o início do sensacionalismo popular. In: CHARNEY, Leo; SHWARTZ, Vanessa. O cinema e a invenção da vida moderna. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

##submission.downloads##

Publicado

2023-05-19

Cómo citar

Helich Lopes, T., & Gomberg, F. (2023). El espectáculo del crimen en las producciones audiovisuales contemporáneas la serie documental sobre Elize Matsunaga. Mídia E Cotidiano, 17(2). https://doi.org/10.22409/rmc.v17i2.57783