ENTRE NATURALISTAS E CRONISTAS: VIAJANTES QUE PERCORRERAM O NORTE-FLUMINENSE ENTRE OS SÉCULOS XVII E XIX, SUAS RESPECTIVAS PERCEPÇÕES DO “NOVO MUNDO” E A EXPANSÃO BIOLÓGICA NA REGIÃO

Autores

Palavras-chave:

História ambiental, Campos dos Goytacazes, relatos de viagem.

Resumo

A América Portuguesa se destaca por apresentar uma reunião de fatores expoentes de um local “tropical”. Tal aspecto despertou o interesse de viajantes entre os séculos XVII e XIX. Entre eles, naturalistas fascinados pela flora e fauna do território, que acabaram por relatar este apreço em seus escritos de viagem. O artigo pretende apresentar, portanto, aspectos da literatura de viagem destes naturalistas, identificando suas perspectivas sobre a paisagem do território, bem como a inserção de plantas e animais que acompanharam a expansão dos portugueses e auxiliaram no processo de colonização. Através de tais fontes, é possível delinear uma analogia entre elas e outras fontes históricas mais precisas. Considerando que as relações humanas modificam e são modificadas pelo ambiente, pretende-se entender a importância destes relatos para o estudo da natureza e dos indígenas durante a ocupação portuguesa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARAÚJO, Quintino Reis de Solos de tabuleiros costeiros e qualidade de vida das populações. Santa Catarina: Editus, 2000.

CORREA, Silvio M. S. AFRICANIDADES NA PAISAGEM BRASILEIRA. R. Inter. Interdisc. Interthesis, Florianópolis, v.7, n.1, p. 96-116, jan./jul. 2010.

COUTINHO, Leopoldo Magno. O conceito de bioma. Acta Bot. Bras. São Paulo, v. 20, n.1, jan./mar., 2006.

COUTO REIS, Manoel Martins do. Manuscritos de Manoel Martins do Couto Reis – 1785: descrição geográfica, política e cronográfica do Distrito dos Campos Goitacazes. Campos dos Goytacazes: Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima; Rio de Janeiro: Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, 2011.

CROSBY, Alfred. Imperialismo Ecológico: a expansão biológica da Europa: 900-1900. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

GÓES, Hildebrando de Araujo. Saneamento da Baixada Fluminense. Rio de Janeiro: Comissão de Saneamento da Baixada Fluminense, 1934.

LAMEGO, Alberto Ribeiro. O Homem e o Brejo. Rio de Janeiro: IBGE. 1945.

MONITOR CAMPISTA, Ligeira Discripção da Villa de Campos. Monitor Campista, Villa de São Salvador de Campos, 08 de janeiro de 1834a, Interior, p.2. MONITOR CAMPISTA, s/n. Monitor Campista, Villa de São Salvador de Campos, 05 de março de1834b, Interior, p.1 MONITOR CAMPISTA, Variedades. Monitor Campista, Villa de São Salvador de Campos, 17 de janeiro de 1835, Interior, p.3.

PARANHOS, Paulo. O açúcar em Campos dos Goytacazes na segunda metade do século XIX. Revista da ASBRAP, v. 9., p. 101 – 108. 2002. Disponível em: http://www.asbrap.org.br/documentos/revistas/rev9_art5.pdf. Acesso em: 25 de 05 de 2019.

PARANHOS, Paulo. O açúcar no norte fluminense. In: PARANHOS, Paulo. São João da Barra, apogeu e crise do porto do açúcar do norte fluminense. Teresópolis: Revista da Cidade Gráf. e Ed, 2000.

RIBEYROLLES, Charles. Brasil Pitoresco. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1980. (volume 2).

RODRIGUES, Hérve Salgado. Campos: na taba dos Goytacazes. Niterói: Imprensa Oficial, 1988 (Biblioteca de Estudos Fluminense, Série Municípios)

SAINT-HILAIRE, Augusto. Viagem pelo distrito dos Diamantes e pelo litoral do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1941.

SILVA, João José Carneiro. Estudos Agrícolas. Campos dos Goytacazes: Essentia, 2017.

SOARES, Márcio de Sousa. Conflitos políticos, coesão familiar e prestigio social em Campos dos Goytacazes: a trajetória dos Manhães Barreto nos séculos XVII e XVIII. In: GUEDES, Roberto e FRAGOSO, João. História social em registros paroquiais (sul-sudeste do Brasil, Séculos XVII-XIX). Rio de Janeiro: Mauad, 2016.

SOFFIATI, Arthur. A Planície do Norte do Rio de Janeiro Antes e Durante a Ocidentalização do Mundo: três estudos da eco-história. Rio de Janeiro: Autografia, 2018.

SOFFIATI, Arthur. O Núcleo de Campos dos Goytacazes/RJ e a drenagem urbana. Boletim Petróleo, Royalties e Região, Campos dos Goytacazes, v. 16, n. 63, p.31-42, mai/ago, 2019.

TEIXEIRA, Simone. L A Maldición del canal Campos-Macaé: disputas sociales y representaciones a ctualización del debate. Guadalajara: Guadalaja/Seminario Permanente ATMA/CSIC, 2013. UDOP A História da Cana-de-açúcar - Da Antiguidade aos Dias Atuais, UDOP, 2003. Disponível em: https://www.udop.com.br/noticia/2003/01/01/a-historia-da-cana-de-acucar-da-antiguidade-aos-dias-atuais.html Acesso em: 11 de 07 de 2019.

WIED-NEUWIED, Maximiliano. Viagem ao Brasil. Série 5, vol.1, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1940.

WORSTER, Donald. Para fazer história ambiental. Revista de Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 4, n. 8, p. 198-215, 1991.

Downloads

Publicado

2020-06-30

Como Citar

Faria, M. T. P., Ribeiro, B. de S., Moreira, D. J., & Nascimento, T. R. A. do. (2020). ENTRE NATURALISTAS E CRONISTAS: VIAJANTES QUE PERCORRERAM O NORTE-FLUMINENSE ENTRE OS SÉCULOS XVII E XIX, SUAS RESPECTIVAS PERCEPÇÕES DO “NOVO MUNDO” E A EXPANSÃO BIOLÓGICA NA REGIÃO. Mundo Livre: Revista Multidisciplinar, 6(1), 93-109. Recuperado de https://periodicos.uff.br/mundolivre/article/view/43268

Edição

Seção

Temas Livres