Terapia Cognitivo-Comportamental em Grupo para cuidadores de idosos com Transtorno Neurocognitivo Maior
um estudo de revisão
Palavras-chave:
Transtorno Neurocognitivo Maior, Terapia Cognitivo-Comportamental em grupo, Cuidadores de idososResumo
Estudos mostram o aumento progressivo da população idosa em nosso país e levantam questões de suma importância que precisam ser discutidas, como a multimorbilidade presente na maioria dos idosos. Dentre as doenças crônicas mais comuns tem-se o Transtorno Neurocognitivo Maior (TNM), cujos portadores demandam a presença de um cuidador para o auxílio nas Atividades de Vida Diária (AVD). Tendo em vista que tal função poderá trazer impactos na qualidade de vida desses cuidadores, o presente artigo teve por objetivo identificar características sobre a realização de Terapia Cognitivo-Comportamental em Grupo (TCCG) com cuidadores de idosos portadores de TNM, visto a grande eficácia que tal abordagem tem demonstrado na literatura, de modo a identificar os principais resultados obtidos. Para tal, foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizando-se das bases de dados SCIELO, LILACS e PubMed, com os seguintes descritores de pesquisa: Cuidadores E Idoso E Terapia Cognitivo-Comportamental, também em inglês. Como resultado, verificou-se que os programas apresentaram resultados positivos sobre os sintomas dos cuidadores e, em dois artigos, os respectivos idosos que recebiam cuidados também demonstraram melhora de alguns sintomas. Apesar da quantidade de estudos encontrada ser compreendida como uma limitação, sendo necessárias mais pesquisas para compreender a eficácia dessas intervenções, nosso estudo de revisão conseguiu elucidar características destes cuidadores importantes para a elaboração de planos de intervenção com possíveis melhorias.
Downloads
Referências
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
BECK, J. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria N.º 2.528, de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/
prt2528_19_10_2006.html. Acesso em: 24 nov. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Estatuto do idoso. 3. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_idoso_
edicao.pdf. Acesso em: 24 nov. 2022.
CIOSAK, S. I. et al. Senescência e senilidade: novo paradigma na Atenção Básica de Saúde. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 45, spe 2, p. 1763-1768, dez. 2011. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0080-62342011000800022. Acesso em: 24 nov. 2022.
CORREA, M. Cartografias do envelhecimento na contemporaneidade: velhice e terceira idade. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.
JACOB FILHO, W. Fatores determinantes do envelhecimento saudável. Boletim do Instituto de Saúde, v. 47, p. 27-32, abr. 2009. Disponível em: pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1048659. Acesso em: 24 nov. 2022.
KOLLER, S. H.; COUTO, M. C. P. P.; HOHENDORFF, J. V. (orgs.). Manual de produção científica. Porto Alegre: Penso, 2014.
LEITE, B. et al. Relação do perfil epidemiológico dos cuidadores de idosos com demência e a sobrecarga do cuidado. Cogitare Enfermagem, v. 22, n. 4, nov. 2017. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v22i4.50171. Acesso em: 24 nov. 2022.
LEMOS, J. R. C. Relações entre as condições clínicas do idoso com demência e a sobrecarga do cuidador familiar. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências da Saúde) - Universidade de Brasília, Brasília, 2019. Disponível em: https://bdm.unb.br/handle/10483/24727. Acesso em: 24 nov. 2022.
MORAES, E. N. Atenção à saúde do idoso: aspectos conceituais. Brasília (DF): Organização Pan-Americana da Saúde, 2012.
MORAES, E. N. et al. Índice de Vulnerabilidade Clínico Funcional-20 (IVCF-20): reconhecimento rápido do idoso frágil. Revista Saúde Pública, v. 50, n. 81, p. 1-10, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050006963. Acesso em: 24 nov. 2022.
NEUFELD, C. B.; RANGÉ, B. P. (orgs.). Terapia cognitivo-comportamental em grupos: das evidências à prática. Porto Alegre: Artmed, 2017.
OLIVEIRA, A. M. et al. Nonpharmacological Interventions to Reduce Behavioral and Psychological Symptoms of Dementia: a Systematic Review. BioMed Research International, v. 2015, n. 218980, p. 1-9, nov. 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1155/2015/218980. Acesso em: 24 nov. 2022.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório mundial de envelhecimento e saúde. Genebra: OMS, 2015. Disponível em: https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2015/10/
OMS-ENVELHECIMENTO-2015-port.pdf. Acesso em: 24 nov. 2022.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. OMS lança portal com dados mundiais sobre saúde e bem-estar de pessoas idosas. Brasília, 01 out. 2020. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/1-10-2020-oms-lanca-portal-com-dados-mundiais-sobre-saude-e-bem-estar-pessoas-idosas. Acesso em: 02 out. 2020.
PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento físico e cognitivo na vida adulta tardia. In: ______. Desenvolvimento Humano. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. cap. 17, p. 570-603.
PERDIGÃO, L. M. N. B.; ALMEIDA, S. C. de; ASSIS, M. G. Estratégias utilizadas por cuidadores informais frente aos sintomas neuropsiquiátricos de idosos com demência. Revista de Terapia Ocupacional Da Universidade de São Paulo, v. 28, n. 2, p. 156-162, out. 2017. Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v28i2p156-162
PEREIRA, M. M. T. Transtornos Neurocognitivos Leve e Maior: módulo de psicoeducação para o programa REHACOG. 2017. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade de Coimbra. Coimbra [Portugal], 2017. Disponível em: http://hdl.handle.net/10316/84111. Acesso em: 24 nov. 2022.
PESSOA, R. M. P. et al. Da demência ao transtorno neurocognitivo maior: aspectos atuais. Revista Ciências em Saúde, v. 6, n. 4, p. 5-17, dez. 2016. Disponível em: http://186.225.220.186:7474/ojs/index.php/rcsfmit_zero/article/view/606
QUEIROZ, R. S. et al. Perfil sociodemográfico e qualidade de vida de cuidadores de idosos com demência. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 21, n. 2, p. 205-214, abr. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1981-22562018021.170170. Acesso em: 24 nov. 2022.
SANTOS, F. H.; ANDRADE, V. M.; BUENO, O. F. A. (Org.). Neuropsicologia hoje. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
SILVA, A. L. Avaliação dos subtipos de Transtorno Neurocognitivo (Demência) em ambulatório de referência do Distrito Federal. 2019. Dissertação (Programa de Mestrado em Gerontologia) - Universidade Católica de Brasília. Brasília, 2019. Disponível em: https://bdtd.ucb.br:8443/jspui/bitstream/tede/2648/2/AlineLaginestraeSilva
Dissertacao2019.pdf. Acesso em: 24 nov. 2022.
SOUZA, L. C.; TEIXEIRA, A. L. Neuropsicologia das demências. In: FUENTES, D. et al. (Org.). Neuropsicologia: teoria e prática. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. cap. 26, p. 321-332.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Decade of Healthy Ageing: 2020-2030. 2020. Disponível em: https://www.who.int/ageing/decade-of-healthy-ageing. Acesso em: 02 nov. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Thaís Viana da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1.Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2.Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3.Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.