Educação popular, escolas indígenas e movimentos sociais
um encontro com Samara Pataxó
Palavras-chave:
PAULO FREIRE, MOVIMENTOS SOCIAIS, RESISTÊNCIASResumo
Em uma entrevista com Samara Pataxó, mulher, indígena, advogada e ativista, as perspectivas do papel do ativismo em sua vida e trajetória atravessam lugares em que a educação possui um papel fundamental na emancipação e protagonismo diante do ativismo e movimentos sociais aos quais pertence. A educação popular é o mecanismo de transmissão da cidadania que possibilita a obtenção de consciência social, no caso da advogada, as escolas em sua aldeia. As ideias de Paulo Freire possibilitam um diálogo com as noções de educação que perpassam as obviedades do que se acredita ser o sistema de ensino tradicional. Objetivando a discussão sobre uma educação que liberta, os relatos de Samara, ao longo da entrevista, elucidaram conceitos e ideias de Freire do papel da educação na formação dos indivíduos, além de o diferencial que se apresenta dentro de uma lógica crítica e questionadora da realidade. É importante para compreender seu referencial libertário e a importância de uma formação que foge aos moldes engessados de educação tradicional, que está em funcionamento até hoje. A quebra dos paradigmas no que tange aos modelos de educação pode ser um caminho para pensar novas possibilidades de formar alunos e indivíduos conscientes do lugar que ocupam na sociedade e emancipados dos padrões opressores.
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