Mediação entre públicos e obras pensada dentro da Escola-Floresta: uma dança em três movimentos
DOI:
https://doi.org/10.22409/poiesis.v21i35.38491Keywords:
mediação cultural, perichoresis, hermenêutica filosófica, afetos, dialogismoAbstract
Em uma análise sociofilosófica, o ato da mediação, como “terceiro elemento” entre os mundos artísticos propostos por Howard Becker, é pensado dentro do contexto da Escola Floresta como processo fenomenológico que participa do desenvolvimento de uma relação entre público e obra. A partir da obra Unidade Tripartida de Max Bill, propomos o ato da mediação como perichoresis, e deste modo, uma dança em três movimentos: contato, experimentação e resposta. Consideramos em cada movimento, respectivamente, a hermenêutica de Hans-Georg Gadamer, a ética de Benedictus de Espinoza e o dialogismo de Mikhail Bakhtin.
Downloads
References
BAKHTIN, Mikhail. (1926) Le discours dans la vie et dans la poésie. In TODOROV, Tzvetan. Mikhaïl Bakhtine: le principe dialogique. Paris: Éditions du Seuil, 1981a.
BAKHTIN, Mikhail. (1930). La structure de l’énoncé. In TODOROV, T. Mikhaïl Bakhtine: le principe dialogique. Paris: Éditions du Seuil, 1981b.
BARTHES, Roland. O óbvio e obtuso: ensaios sobre a fotografia, cinema, teatro e música. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.
BECKER, Howard S. Mundos Artísticos e Tipos Sociais. In VELHO, Gilberto (Org.) Arte e Sociedade: ensaios sobre sociologia da arte. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1977.
BOURDIEU, Pierre. Por uma ciência das obras. In Razões Práticas: Sobre a teoria da ação. Campinas: Papirus, 1996.
BOURDIEU, Pierre; DARBEL, Alain. O Amor pela Arte: os museus de arte na Europa e seu público. São Paulo: EdUSP; ZOUK, 2003.
BRANDÃO, Ricardo Evangelista. A Estrutura da Sensação na Cognição Sensível em Santo Agostinho. Revista Ética e Filosofia Política. n. 18, v. 1, agosto 2015.
CALIXTO, Ronaldo. Max Bill e a Unidade Tripartida. Dissertação, Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte, Universidade de São Paulo, 2016. 77f. il.
CANCLINI, Nestor García. Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: EdUSP, 1998.
DABUL, Lígia. Museus de grandes novidades: centros culturais e seu público. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 14, n. 29, jan./jun. 2008. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S0104-71832008000100011
DAVALLON, Jean. L’Exposition à l’œuvre: Stratégies de communication et médiation symbolique, Paris: L’Harmattan, 1999.
DAVALLON, Jean. La médiation: La communication en procès? Médiations & Médiateurs, n. 19, p. 38-59, 2003.
DE CERTEAU, Michel. A Cultura no Plural. Campinas: Papirus, 1995.
DUFRÊNE, Bernadette; GELLEREAU, Michèle. La Médiation Culturelle: Enjeux professionnels et politiques. Hermès, La Revue, n. 38, p. 199-206, 2004.
ECO, Humberto. A Definição da Arte. Rio de Janeiro: Record, 2016.
ESPINOZA, Benedictus de. Ética: demonstrada à maneira dos geômetras: texto integral. São Paulo: Martin Claret, 2003.
GADAMER, Hans-Georg. A Atualidade do Belo – A Arte como jogo, símbolo e festa. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1985.
GADAMER, Hans-Georg. Verdade e Método. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999.
GEERTZ, Clifford. O Saber Local: novos ensaios em antropologia interpretativa. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
GELL, Alfred. Definição do Problema: a necessidade de uma antropologia da arte. Poiésis, Niterói, n.14, p. 245-261, 2009.
HEINICH, Nathalie. A Sociologia da Arte. Bauru, SP: Edusc, 2008.
HEINICH, Nathalie. Para acabar com a discussão sobre arte contemporânea. In BUENO, Maria Lúcia; CAMARGO, Luiz Octávio de Lima (Org.) Cultura e Consumo: estilos de vida na contemporaneidade. São Paulo: Senac, 2012.
MARTÍN-BARBERO, Jesús. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.
MARTINS, André. Nietzshe, Espinoza, o acaso e os afetos: encontros entre o trágico e o conhecimento intuitivo. O que nos faz pensar, Rio de Janeiro, n. 14, p. 183-198, 2000.
MÖRSCH, Carmen. Avant-propos. Le temps de la médiation, Institute for Art Education de la Haute école des arts de Zurich (ZHdK), 2012. Disponível em www.kulturvermittlung.ch/zeit-fuer-vermittlung/v1/?m=0&m2=1&lang=f. Acesso em 10/9/2019.
RANCIÈRE, Jacques. O espectador emancipado. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
ROOKMAAKER, Henderik R. A Arte Não Precisa de Justificativa. Viçosa, MG: Editora Ultimato, 2010.
SCRUTON, Roger. Espinoza. São Paulo: Editora UNESP, 2000.
SILVA, Maria Freire da. A Pericórese Trinitária no Pensamento de João Damasceno. Revista de Teologia e Ciências da Religião, Universidade Católica de Pernambuco, v. 6, n. 2, p. 437-485 jul./dez. 2016.
ZOLBERG, Vera L. Para Uma Sociologia das Artes. São Paulo: Senac, 2006.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors who publish in Revista Poiésis agree to the following terms:
- The authors keep the copyright and grant the journal the right of first publication. The work is automatically licensed under the Creative Commons Attribution License, which enables its sharing as long as the authorship and initial publication in this journal are acknowledged.
- Authors are allowed and encouraged to distribute online their work published in Revista Poiésis (in institutional repositories or in their own personal page), since this can generate productive interactions, as well as increase the impact and citation of the published work (See The Effect of Free Access).