Bananas e abacaxis nos “quintais” do carnaval carioca – impressões etnográficas sobre a produção de um desfile de escola de samba da Estrada Intendente Magalhães
DOI:
https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v0i11.10432Resumo
O artigo lança questionamentos sobre os processos de criação, gestão e confecção dos desfiles das escolas de samba apresentados na Estrada Intendente Magalhães, Zona Norte do Rio de Janeiro. Longe do megaevento anualmente realizado na “Passarela do Samba” (o Sambódromo da Avenida Marquês de Sapucaí, na região central da cidade, onde desfilaram, em 2016, 26 escolas – 14 no Grupo de Acesso A e 12 no Grupo Especial), o dito “carnaval do povo” reúne cerca de 60 agremiações, fato que desperta um paradoxo: apesar de concentrar o maior número de escolas de samba, os desfiles da Intendente permanecem invisibilizados e inseridos em uma lógica produtiva bastante diferente daquela observada nos arredores da Sapucaí (o que é interessante do ponto de vista etnográfico). A partir do relato de um caso específico, o carnaval apresentado em 2015 pelo Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Sossego, do Largo da Batalha, Niterói, pretende-se problematizar tal universo, redirecionando as luzes dos estudos culturais para os “quintais” do carnaval carioca.
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