Torcedores organizados: enigma como contrapeso ao fantasma da razão esclarecida
DOI:
https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v0i12.10445Resumo
A partir de alguns relatos etnográficos conduzidos no seio de torcidas organizadas de futebol, assim como através de imagens que compõem seus cotidianos, materiais em cruzamento teórico com autores como Simmel, Gumbrecht, Mauss, Hubert, Clastres, Durand, Durkheim, Maffesoli e alguma influência na filosofia de Nietzsche, este artigo esmiúça esse universo, particularmente seus paroxismos intimamente relacionados à temática do Mal. Desses cruzos entre empiria e teoria, então, sugerimos que universos jovens e populares de nossas cidades, mesmo sendo constantemente reduzidos sob a máquina do discurso determinante e criminalizador, podem guardar em seus complexos cotidianos, ricos reservatórios de formas de viver, de imagens, de narrativas, de rituais, de experiências estéticas, de epifanias, que operam como “tecnologias” encantadas na defesa e garantia cotidiana da manutenção de uma zona subjetiva que celebra o indeterminado, o enigma, em contrapeso ao fantasma do desencantamento pela determinação racionalista, esclarecida.Downloads
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