Corpo e mente sob violências: da dor ao silêncio, em Vidas secas
DOI:
https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v10i18.38897Palavras-chave:
Violência na literatura, poder simbólico, traumaResumo
O artigo analisa distintas modalidades de violência a que são submetidos Fabiano, sinha Vitória e seus dois filhos meninos em Vidas secas, de Graciliano Ramos. Aponta-se a pobreza material, de vocabulário, não como resultado da animalização destes seres, mas como consequência das experiências traumáticas impostas. A partir das reflexões de Maria Cecília S. Minayo (2007), Michel Foucault (1987), Pierre Bourdieu (2012), Emmanuel Levinas (2016), Gayatri Spivak (2010), Walter Benjamin (1994) e Márcio Seligmann-Silva (2000), dentre outros, discutiremos o problema da violência no romance de Ramos, em alguns de seus múltiplos aspectos.
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