Os Crimes de Verdade: As Memórias de Camilo
DOI:
https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v10i18.40229Palavras-chave:
Crime, Camilo Castelo Branco, cárcereResumo
O presente artigo observa de que modo, usando o conhecimento adquirido em obras sobre criminosos verídicos, como Maria, não me mates que sou tua mãe (1848), em Memórias do Cárcere (1862), Camilo Castelo Branco comprova que boa parte da violência é cometida justamente por aqueles que deveriam proteger os cidadãos e que a cadeia era um mundo essencialmente habitado por pobres. A partir de um relato minucioso e, por vezes, lírico, Camilo comenta como era o cotidiano no interior daquele que era o maior instrumento de repressão oitocentista. Um desses prisioneiros, José do Telhado, graças a pena camiliana, ganha fama e notoriedade despertando o interesse de muitos leitores e de outros autores.
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