As batalhas de rimas improvisadas do movimento hip-hop no Parque Cimba, em Araguaína-TO
práticas de letramento de reexistência da juventude periférica
DOI:
https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v15i28.65565Palavras-chave:
Hip-hop, Batalhas de rimas, Letramento de reexistênciaResumo
Neste artigo analisamos como as batalhas de rimas improvisadas do movimento hip-hop realizadas semanalmente no Parque Cimba, em Araguaína-Tocantins, se constituem como práticas de letramento de reexistência em que jovens Mc’s engendram suas rimas a partir de temáticas socioculturais que perpassam suas vivências nas regiões periféricas em que vivem. Analisamos ainda como essas batalhas de rimas são incorporadas aos ambientes escolares como objeto de ensino na perspectiva de contribuir na formação dos alunos como leitores literários. As discussões apresentadas estão fundamentadas nas contribuições teóricas de Hall (2006), Souza (2011), Patrocínio (2013), Hill (2014), dentre outros. Este estudo é um recorte da tese de doutorado “Hip-hop e literatura marginal-periférica: contribuições para a formação leitora na escola”, de Leomar Alves de Sousa (2024), defendida no Programa de Pós-graduação de Linguística e Literatura da Universidade Federal do Norte do Tocantins – UFNT. O artigo consiste em uma pesquisa participante com análise qualitativa, em que apontamos que por meio das batalhas de rimas improvisadas os Mc’s expressam suas vivências de jovens periféricos que fazem a leitura crítico-social de seus contextos de vida em perspectivas de reexistência frente a essas realidades.
Palavras-chave: Hip-hop. Batalhas de rimas. Letramento de reexistência.
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Referências
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