PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES NAS RELAÇÕES DE CORPOREIDADE EM TEMPOS DE "DESCUIDO DE SI"
DOI:
https://doi.org/10.22409/revistaleph.v0i13.38958Resumo
A entrada da pesquisadora na sala de aula provocou tantos ruídos que as escutas
se tornavam inaudíveis. Atordoada, ela busca situar-se diante da turbulência de
ondulações sonoras que tornava aquele momento indecifrável. Enquanto psicóloga, ela
aprendera que era preciso desconfiar das palavras retumbantes e altissonantes. Entendia
que, por trás dos barulhos, existiam silêncios, murmúrios que expressavam coisas. Lem-
brou de alguns conhecimentos que adquiriu lendo Deleuze e Foulcault, conhecimentos que
a fizeram entender as coisas em suas intensidades, como acontecimentos que nos passam.
Segui-las sem julgamentos, tentar captar suas bifurcações, rupturas, brechas, recebê-las
como uma experiência que nos toque...
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