FENOMENOLOGIA DO FALAR DE AMOR
DOI:
https://doi.org/10.22409/revistaleph.v0i25.39128Resumo
Resumo
O amor, enquanto voltado para um “único ao mundo” é sempre único. Mas
o amor é único também no sentido que várias subdivisões, como aquela
entre Ágape e Eros, o amor filial, materno, passional, de amizade, conjugal,
são subdivisões que não tangem à unidade e à unicidade do amor. Para
dividir, está a língua, a ordem do discurso. As denominações oficiais do
amor estão ligadas com a categoria da identidade. E cada vez que uma
identidade é assumida, mais de uma alteridade é sacrificada, alteridade
própria e alteridade dos outros. Os vários nomes do amor, as suas várias
identidades são igualmente sacrifícios da alteridade. A possibilidade de se
evitar a língua acontece quando a escritura não é uma simples transcrição,
escritura de escrevente, mas é escritura do escritor. Seja a escritura, seja o
apaixonado ambos são submetidos às graças do amor, e o amor é sempre
fora dos papéis sociais.
Palavras-chave: Amor, alteridade, corpo, ordem do discurso, escritura,
unicidade
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