VIOLÊNCIAS E RESISTÊNCIAS NO ESPAÇO ESCOLAR: CONTRIBUIÇÕES PSICANALÍTICAS
DOI:
https://doi.org/10.22409/revistaleph.v0i33.39766Palavras-chave:
Psicanálise, Professores, Violência, Mal-estar.Resumo
Este trabalho objetiva compreender de que forma o mal-estar se apresenta nos docentes, considerando a resistência psíquica, do ponto de vista da obra freudiana, como uma resposta silenciosa às inúmeras violências vividas no cotidiano escolar. A pesquisa pautou-se numa abordagem qualitativa, elencando tipos de resistência intrapsíquica, e utilizando como método de sensibilização a entrevista semiestruturada em escolas de Niterói. Ao passo que os jovens falavam livremente para as pesquisadoras acerca da dificuldade de assumirem suas escolhas identitárias em relação ao discurso violento dos pais e das dificuldades que encontravam na escola, verificou-se que os professores apresentam mais resistências ao falar sobre a violência escolar. Suas resistências surgiam através da violência projetada nos estudantes e do silêncio como principal elemento capaz de os eximirem da questão. A resistência dos professores parecia certo temor ao suposto olhar investigativo da pesquisadora.
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