A A REALIZAÇÃO DO DIREITO DE PERMANÊNCIA E CONCLUSÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA NO PARANÁ:
UMA ANÁLISE DAS TRAJETÓRIAS DE ESTUDANTES COM IDADE ENTRE DE 15 E 17 ANOS
Palavras-chave:
trajetórias escolares, direito à educação, Políticas educacionais, desigualdades educacionais, abordagem longitudinalResumo
O presente artigo é um recorte de minha pesquisa de mestrado que teve como objetivo a análise de trajetórias escolares de dois grupos de estudantes entre 15 e 17 anos, inicialmente matriculados no Estado do Paraná, em duas coortes diferentes, a primeira de 2007 até 2009 e a segunda de 2015 até 2017, buscando reconhecer a existência de padrões desiguais em relação à realização do direito à educação. Discute-se as condições de realização do direito à educação dos jovens observados e o papel do Estado em promover trajetórias escolares protegidas e reduzir as desigualdades educacionais, contextualizando o direito à educação no Brasil, conceitos de juventudes no Brasil; desigualdades educacionais nas trajetórias escolares, justiça escolar e os mecanismos excludentes que resultam no fracasso escolar do sistema de ensino, que não tem garantido a efetivação do direito à educação. As duas coortes analisadas permitem observar as trajetórias dos estudantes em dois períodos distintos, antes e depois da aprovação da EC 59/09, que ampliou a obrigatoriedade da Educação Básica para estudantes de 4 a 17 anos de idade. Ao final da pesquisa, é possível observar que a variável cor/raça foi um dos fatores associados à condição de construção das trajetórias escolares, apontando a existência de uma forte segregação racial presente nas escolas.
Downloads
Referências
ALVES, M. T. G. Efeito escolar e fatores associados ao progresso acadêmico dos alunos entre o início da 5ª série e o fim da 6ª série do Ensino Fundamental: um estudo longitudinal em escolas públicas no município de Belo Horizonte. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006.
ARROYO, M.G. O direito à educação e a nova segregação social e racial – Tempos Insatisfatórios? Educação em Revista. Belo Horizonte. V.31.n.03.p.14-47.2015.
BRUEL, A. L. D. O. Distribuição de oportunidades educacionais: o programa de escolha da escola pela família na Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro. 2014. 202f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.
COLLARES, C.A.L. Influência da Merenda Escolar no Rendimento em Alfabetização: um Estudo Experimental. Tese de Doutorado apresentada à Escola Pós-Graduada de Ciências Sociais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. 1982
CRAHAY, M. Poderá a Escola ser Justa e Eficaz? Da igualdade das Oportunidades à Igualdade dos Conhecimentos. 2000
CURY, C. R. J. A EDUCAÇÃO BÁSICA COMO DIREITO. Educ. Soc., Campinas, vol. 28, n. 100 - Especial, p. 1105-1128, out. 2008
DAYRELL, J. O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 24, p. 40-52, set./dez. 2003.
DAYRELL, J. A Escola “faz” as juventudes? Reflexões em torno da socialização juvenil. Simpósio Internacional “Ciutat.edu: nuevos retos, nuevos compromissos”. Barcelona, 2007.
DUBET, F. O que é uma escola justa? Cadernos de Pesquisa, v.34 b.123. p. 539-555. Set/dez. 2004.
FORGIARINI. S.A.B.; SILVA, J.C. Fracasso Escolar no contexto da Escola pública: entre Mitos e Realidades. 2008. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/369-4.pdf. Acesso em: 28/11/2021.
FUNDAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA - UNICEF. Repetência, distorção, idade-série e abandono escolar. 2021.
GAYA, T. F. M. As Trajetórias Escolares Do Ensino Fundamental Sob O Olhar Das Políticas Educacionais: Um Estudo Longitudinal No Município De Pinhais De 2009 A 2018. Universidade Federal do Paraná – UFPR, 2019.
GIRALDI, L. P. B. Percepções sobre trajetórias escolares de alunos do Ensino Fundamental: os contextos, os tempos e as relações. Tese (Doutorado em Educação Escolar) - Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Campus de Araraquara, 2014.
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS E ESTUDOS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA - INEP. Sinopse Estatística da Educação básica 2019. Brasília: Inep, 2020.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA – INEP. Microdados: censo escolar da Educação Básica 2007 – 2017. Brasília, DF, 2017. Disponível em: www.inep.gov.br. Acesso em: 10 junho. 2021.
NOGUEIRA, M. A.; CATANI, A. M. Uma sociologia da produção do mundo cultural e escolar. Escritos da educação. Tradução. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
OLIVEIRA, R. P. Relatório de análise das desigualdades intraescolares no Brasil. Projeto e pesquisas educacionais, 2013.
PALMA, R. C. de B. Fracasso escolar: novas e velhas perspectivas para um problema sempre presente. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de Educação, Comunicação e Artes, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2007.
PAULILO, A. L. A Compreensão Histórica Do Fracasso Escolar No Brasil. Caderno de Pesquisa v. 47. n. 166. P.1252-1267, out/dez. 2017.
SILVA, M. R.; OLIVEIRA, R. G. (orgs). Juventude e Ensino Médio: sentidos e significados da experiência escolar. Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2016.
SOTSKI, P.; GELBCKE. V. R. Juventudes e escola: os distanciamentos e as aproximações entre os jovens e o ensino médio. In: Juventudes e Ensino Médio:
Sentidos e significados da experiência nas escolas. Curitiba: UFPR Setor de Educação. 2016.
WALZER, M. Esferas da Justiça: Uma Defesa do Pluralismo e da Igualdade. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Sede de Ler

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Ao publicar seu material na revista Sede de Ler, o/a autor/a demonstra que está de acordo com os termos a seguir:
a) Seus direitos autorais serão mantidos, mas o direito à primeira publicação do material é concedido à revista. Concomitantemente, o material será licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0) – assim, o/a autor/a estará autorizado/a a compartilhar o material, contanto que sejam indicadas a autoria e a primeira publicação na revista Sede de Ler.
b) O/a autor/a está autorizado/a a divulgar esta versão do material em outros âmbitos, em contratos para publicação em livros ou repositórios, contanto que sejam indicadas a autoria e a primeira publicação pela revista Sede de Ler.
c) Antes ou durante o processo editorial, após aprovação do material pela revista Sede de Ler, o/a autor/a tem autorização e incentivo para divulgar e publicar seu material online, como em páginas pessoais, redes sociais ou repositórios institucionais, uma vez que, dessa forma, é possível criar oportunidades de citação e aumento do impacto da publicação (ver O Efeito do Acesso Livre).