A influência do projeto de extensão “Qualidade de Vida para Todos” na qualidade de vida de um adulto com paralisia cerebral

um estudo de caso

Autores

  • Marcela Peixoto Moreno Moura Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) – Belo Horizonte, MG, Brasil
  • Arthur Dani Marques Nobre Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) – Belo Horizonte, MG, Brasil
  • Cláudia Barsand de Leucas Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) – Belo Horizonte, MG, Brasil
  • Larissa de Oliveira e Silva Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) – Belo Horizonte, MG, Brasil
  • Patrícia da Conceição Rocha Rabelo Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) – Belo Horizonte, MG, Brasil

Palavras-chave:

Pessoas com deficiência, Extensão universitária, Atividades aquáticas, Qualidade de vida

Resumo

A paralisia cerebral, também denominada encefalopatia crônica não progressiva, caracteriza-se por alterações no controle motor devido a lesões neurológicas. A prática de atividades aquáticas tem sido colocada como uma possibilidade de intervenção junto a esse público, com o intuito de promover melhoras na qualidade de vida; no entanto, as evidências acerca dessa temática são escassas. Com isso, o objetivo deste estudo foi verificar se a participação (por dois meses) no projeto de extensão de atividades aquáticas denominado Projeto Qualidade de Vida para Todos interferiu na qualidade de vida de um adulto com paralisia cerebral. Participou da pesquisa um voluntário já atendido no projeto. Ele respondeu ao questionário Short Form Health Survey 36 Version 2 que avaliou aspectos gerais da qualidade de vida, em dois momentos: pré e pós-período de dois meses de participação no projeto. Além disso, ele respondeu a uma pergunta geral para avaliar como era sua qualidade de vida antes e após a participação no projeto. Os domínios capacidade funcional, limitação por aspectos físicos e saúde mental tiveram uma diminuição do valor, enquanto o domínio dor não teve alteração. Nos domínios estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais e limitação por aspectos emocionais os resultados foram positivos. A pergunta sobre qualidade de vida antes e após participação do projeto obteve resultado positivo. Atualmente, não existe um questionário específico para avaliar a qualidade de vida de adultos com paralisia cerebral. Conclui-se que são necessárias mais pesquisas sobre qualidade de vida desse público, baseando-se nas características dessa população. Além disso, nota-se que a qualidade de vida é formada por vários domínios influenciados por inúmeros fatores da vida do indivíduo. Diante desse fato, observou-se melhora, piora e nenhuma alteração dos domínios investigados.

Biografia do Autor

Marcela Peixoto Moreno Moura, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) – Belo Horizonte, MG, Brasil

Graduanda em Educação Física pela PUC Minas.

Arthur Dani Marques Nobre, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) – Belo Horizonte, MG, Brasil

Graduando em Educação Física pela PUC Minas.

Cláudia Barsand de Leucas, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) – Belo Horizonte, MG, Brasil

Doutora em Ciências da Educação pela Universidade de Desenvolvimento Sustentável (UDS) – Assunção, Paraguai.

Larissa de Oliveira e Silva , Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) – Belo Horizonte, MG, Brasil

Mestra em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – Campinas, SP, Brasil.

Patrícia da Conceição Rocha Rabelo, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) – Belo Horizonte, MG, Brasil

Doutora em Ciências do Esporte pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Belo Horizonte, MG, Brasil.

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Publicado

2024-12-30

Como Citar

MOURA, M. P. M.; NOBRE, A. D. M. .; LEUCAS, C. B. DE; SILVA , L. DE O. E; RABELO, P. DA C. R. A influência do projeto de extensão “Qualidade de Vida para Todos” na qualidade de vida de um adulto com paralisia cerebral: um estudo de caso. UFF & Sociedade, v. 4, n. 5, p. 1-8 e040518, 30 dez. 2024.