Novos rumos na (Paleo)Parasitologia

democratização de saberes por meio da inclusão e da extensão universitária

Autores

  • Daniela Leles Universidade Federal Fluminense (UFF) – Niterói, RJ, Brasil
  • Patricia Riddell Millar Universidade Federal Fluminense (UFF) – Niterói, RJ, Brasil
  • Danuza Pinheiro Bastos Garcia de Mattos Universidade Federal Fluminense (UFF) – Niterói, RJ, Brasil

Palavras-chave:

Educação inclusiva, Pessoa com deficiência, Acessibilidade, Impressão 3D, Educação aberta

Resumo

Para a construção de uma sociedade efetivamente inclusiva, é primordial o envolvimento de todos. Esse processo de sensibilização ao começar na infância, com a construção de ambientes acolhedores, livres de preconceitos e capacitismos, certamente pode reduzir drasticamente a chance do surgimento e perpetuação das principais barreiras impostas às pessoas com deficiência (PcDs), como, por exemplo, as atitudinais. No ambiente universitário também são vivenciadas diversas dificuldades para atender as especificidades dos estudantes com deficiência, ou mesmo de sensibilizar toda a comunidade para o tema. Neste relato de experiência, apresentamos os projetos de extensão da Parasitologia da Universidade Federal Fluminense (UFF): @toxo_uff, @parasitologiatatil, @paleoparasitologiaparatodos e @parasitologiahoje, que têm, dentre os seus objetivos, a busca por ferramentas que possibilitem ações concretas na produção de conhecimento de forma inclusiva. Objetivamos, assim, compartilhar não somente o nosso “caminhar”, mas também os produtos educativos inclusivos gerados pelos projetos, assim como suas formas de aplicação prática. As estratégias metodológicas dos projetos consistem na capacitação das equipes por meio de cursos em educação inclusiva e especial, sejam de longa ou curta duração, nos quais a tecnologia assistiva, as estratégias de acessibilidade, o desenho universal, o emprego de modelagem digital com impressão 3D, a termoformagem, o artesanato (como costura, modelagem manual em biscuit, pinturas, etc.), dentre outros, são empregados e depois trazidos para nossas atividades presenciais e em mídias digitais, culminando na elaboração de oficinas e de produtos inclusivos para a sociedade em geral, com foco especial na educação básica. Dessa forma, os projetos têm retornado para sociedade uma diversidade de materiais inclusivos físicos e digitais em acesso aberto, os quais têm sido usados em espaços formais e não formais de ensino. Sobretudo os momentos das oficinas têm constituído espaços para trocas de experiências, aprimoramento e novas inspirações e criações.

Biografia do Autor

Daniela Leles , Universidade Federal Fluminense (UFF) – Niterói, RJ, Brasil

Doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Patricia Riddell Millar, Universidade Federal Fluminense (UFF) – Niterói, RJ, Brasil

Doutora em Medicina Veterinária pela UFF.

Danuza Pinheiro Bastos Garcia de Mattos, Universidade Federal Fluminense (UFF) – Niterói, RJ, Brasil

Doutora em Medicina Veterinária pela UFF.

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Publicado

2024-08-15

Como Citar

LELES , D.; MILLAR, P. R. .; MATTOS, D. P. B. G. DE. Novos rumos na (Paleo)Parasitologia: democratização de saberes por meio da inclusão e da extensão universitária. UFF & Sociedade, v. 4, n. 4, p. 1-15 e040417, 15 ago. 2024.