“Why don’t they look at themselves?”: the violent roots of modernity from the perspective of indigenous counter-modernities

Authors

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2025.v57.i3.a64702

Keywords:

Critique of Modernit, Counter-Modernities, Decolonization, Indigenous Brazilian Thought.

Abstract

This article proposes a reflection on the processes of violence of modernity, which dehumanized the native populations of the Americas in different ways, through sciences, mythical religious imaginary and the legal-political orders in each context, contribuiting to the consolidation of a racial political regime whose hegemony remains naturalized in Western societies. The aim was to understand how this scenario has been confronted and challenged throughout history, based on indigenous resistance to be incorporated into this civilizing model and producing their own counter-modernities. The sources were bibliographical and the starting point was the perspective of the political thought and practice of Brazil’s indigenous peoples, combining historical and anthropological readings with the production of current indigenous authors. The relevance of the indigenous retomada was highlighted, an extensive movement of existential rescue, through which they demand new social pacts that include both dehumanized populations and multiple non-human agencies. It was concluded that the West’s urgent need to look at itself in order to understand its catastrophes and crises requires an indigenous contribution, both to recognize the unbeatable contradictions of modernity and to imagine futures and build viable life possibilities. Finally, it is hoped that this reflection will contribute to an agenda for decolonizing methodologies and practices. 

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Gabriela Freitas Figueiredo Rocha, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra

    Investigadora no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Doutora em Pós-Colonialismos e Cidadania Global pela Universidade de Coimbra.

References

BANIWA, Gersem dos Santos Luciano. Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília, DF: Edições MEC/Unesco, 2006.

BARRETO, João Paulo Lima. O mundo em mim: uma teoria indígena e os cuidados sobre o corpo no Alto do Rio Negro. Brasília, DF: Mil Folhas, 2022.

BENITES, Tonico. Roje-Roky Ina Ha Roike Jevy Tekohape. In: CARNEVALLI, Felipe; REGALDO, Fernanda; LOBATO, Paula; MARQUEZ, Renata; CANÇADO, Wellington (org.). Terra: antologia afro-indígena. São Paulo: Piseagrama: Ubu, 2023. p. 42-55.

CACIQUE BABAU. Retomada. In: CARNEVALLI, Felipe; REGALDO, Fernanda; LOBATO, Paula; MARQUEZ, Renata; CANÇADO, Wellington (org.). Terra: antologia afro-indígena. São Paulo: Piseagrama: Ubu, 2023. p. 29-41.

CUNHA, Manuela Carneiro da. História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

CUNHA, Mauela Carneiro da. O futuro da questão indígena. Estudos Avançados, São Paulo, v. 8, n. 20, p. 121-136, 1994.

KOPENAWA, Davi; ALBERT, Bruce. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

KRENAK, Ailton. Futuro Ancestral. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

LACERDA, Rosane. Os povos indígenas e a Constituinte: 1987-1988. Brasília, DF: Conselho Indigenista Missionário, 2008.

LIMA, Antônio Carlos Souza. Um grande cerco de paz. Poder Tutelar, indianidade e formação do Estado no Brasil. Petópolis: Vozes, 1995.

MILLS, Charles. O contrato racial. Edição comemorativa de 25 anos. Tradução de Teófilo Reis e Breno Santos. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.

MUNDURUKU, Daniel. O Banquete dos Deuses. Conversa sobre a origem e a cultura brasileira. São Paulo: Global, 2013.

OLIVEIRA, João Pacheco de. Uma etnologia dos índios misturados? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais. Mana, Rio de Janeiro, v. 1, p. 47-77, 1998.

OLIVEIRA, João Pacheco de. Sem tutela, uma nova moldura de nação. O pós Constituição de 1988 e os povos indígenas. Brasiliana. Journal for Brazilian Studies, [s. l.], v. 5, n. 1, p. 200-229, 2016. Disponível em: https://tidsskrift.dk/bras/article/view/23353. Acesso em: 28 fev. 2025.

PIQUEIRA, Gustavo. Primeiras impressões. O nascimento da cultura impressa e sua influência na criação da imagem do Brasil. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2021.

RAMOS, Alcida Rita. Indigenism: ethnic politics in Brazil. Madison: The University of Wisconsin Press, 1998.

RIBEIRO, Darcy. Os índios e a Civilização. Petrópolis: Vozes, 1986.

ROCHA, Gabriela de Freitas Figueiredo A construção da cidadania indígena no Brasil e suas contribuições à Teoria Crítica Racial. Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 1242-1269, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rdp/a/qjw8c7yvWRnBYKcMxxZ39GS/. Acesso em: 28 fev. 2025.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças. Cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

SCHWARCZ, Lilia Moritz; STARLING, Heloísa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

SMITH, Linda Tuhiwai. Descolonizando metodologias: pesquisa e povos indígenas. Tradução de Roberto Barbosa. Curitiba: Editora UFPR, 2018.

Published

2025-09-01

How to Cite

“Why don’t they look at themselves?”: the violent roots of modernity from the perspective of indigenous counter-modernities. (2025). Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, 57(3). https://doi.org/10.22409/antropolitica2025.v57.i3.a64702