“As pessoas sentem muito poder em dizer não”: moralidades e direitos nas audiências para concessão de certidão de nascimento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/antropolitica2019.0i47.a42022

Palavras-chave:

Etnografia, Registro de Nascimento, Direitos, Moralidades.

Resumo

O artigo examina audiências judiciais realizadas em um serviço público e gratuito de emissão de certidão de nascimentos num ônibus mantido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Brasileiros adultos sem documento tentam provar à Justiça que são quem dizem ser e, nesse processo, acionam memórias para reconstruir trajetórias. A autora dialoga com o entendimento de Geertz de que o Direito é um saber local e analisa como a decisão judicial resulta de uma operação em que são mobilizadas muitas instâncias – memória, conhecimento jurídico e interpretação –, numa intersecção permanente entre saberes formais e vivências, legalidades e moralidades. O artigo é resultado de dois anos de trabalho etnográfico da autora e inclui parte da pesquisa realizada para sua tese de doutorado, defendida em abril de 2019 no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)/Fundação Getulio Vargas (FGV).

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Biografia do Autor

Fernanda Melo da Escóssia, Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais

Jornalista, professora e pesquisadora. Doutora em História, Política e Bens Culturais no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC)/Fundação Getulio Vargas (FGV). Mestra em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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Publicado

2020-01-27

Como Citar

Escóssia, F. M. da. (2020). “As pessoas sentem muito poder em dizer não”: moralidades e direitos nas audiências para concessão de certidão de nascimento. Antropolítica - Revista Contemporânea De Antropologia, (47). https://doi.org/10.22409/antropolitica2019.0i47.a42022

Edição

Seção

Dossiê Temático