Notas sobre a rotina: tempo, sofrimento e banalidade do poder na gestão de casos de pessoas desaparecidas no Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.22409/antropolitica2019.0i47.a41990Palavras-chave:
Pessoas Desaparecidas, Rotina, Tempo, Sofrimento.Resumo
A partir de dados etnográficos sobre a administração de casos de desaparecimento de pessoas em duas repartições públicas, uma delegacia policial e um serviço de assistência social, analiso a experiência de Estado vivida por familiares de desaparecidos no estado do Rio de Janeiro, conferindo especial atenção para suas dimensões temporal e moral. Considerando que a busca por um familiar desaparecido é marcada por um tipo de espera bastante particular, marcado não pela passividade, mas pela permanente peregrinação por instituições e espaços públicos, reflito sobre o regime de ação que constitui essa espera e busco colocar em relevo seu aspecto moral, seu caráter rotineiro e sua relação com o sofrimento.
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