Número 69 - Multiletramentos, novos gêneros, linguagens digitais, Inteligência Artificial: enfrentamentos teóricos e práticos

2024-03-20

O conceito de letramento ganha corpo, no Brasil, a partir dos anos de 1980, alertando para a necessidade de ampliação das noções de leitura e da escrita até então concebidas como “mera aquisição da ‘tecnologia’ do ler e do escrever” (Soares, 2009, p. 18). Com isso, educadores e pesquisadores passam a se ocupar das múltiplas práticas socias e semióticas em que são inseridos os sujeitos leitores. As tecnologias digitais, com seus suportes e modos de circulação de textos e imagens, exigem uma ampliação do conceito que passa a abarcar, por meio dos multiletramentos, práticas de leitura que recorrem cada vez mais a veículos digitais e cruzamentos entre linguagens. O dossiê parte dessa ampliação e acolhe contribuições, ancoradas em diferentes teorias do texto e do discurso que se proponham a oferecer discussão teórica e proposições práticas sobre multiletramentos, gêneros emergentes, relações entre linguagens e suportes, inteligência artificial e modelos largos de linguagem (large language models). A proposta enfatiza trabalhos preocupados em compreender e enfrentar os desafios impostos por tais fenômenos contemporâneos às práticas de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa e Línguas Estrangeiras e suas literaturas, incluindo processos de leitura, interpretação e produção de textos multimodais.

Organizadores
Cíntia Regina Lacerda Rabello (UFF)
Silvia Maria de Sousa (UFF)
Joel Windle (University of South Australia)

 

As submissões serão aceitas até dia 21 de junho de 2024.