Yves Bonnefoy e a poesia em presença
DOI:
https://doi.org/10.22409/cadletrasuff.v31i61.44136Palavras-chave:
Yves Bonnefoy. Presença. Finitude. Haicai.Resumo
Poeta contemporâneo francês, Yves Bonnefoy é autor de vasta obra poética e de textos críticos sobre poesia, artes e tradução. A proposta desse artigo é enunciar algumas observações sobre o leitmotiv que anima sua variada produção poético-crítica, qual seja, aquele da presença ─ e seus sinônimos bonnefidianos de finitude, de imediatez, de ser-no/com-o-mundo. Esse leitmotiv, hipótese que aqui será feita, é marca primeira, segundo Bonnefoy, do modo poético conhecido como haicai. Aqui e acolá, lateralmente, serão igualmente assinaladas, a título sugestivo, algumas relações com a poesia de Manoel de Barros e de Paulo Leminski, cujos poemas, em alguns casos, carregariam, eles também, a marca da presença. Importa observar, em termos metodológicos, que esse artigo envereda pelos caminhos de uma crítica de simpatia, modo mais afeito a respeitar a perspectiva bonnefidiana sobre a poesia (em presença/da presença).
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