As imagens no texto: entre García Márquez e Roberto Bolaño. Da alegoria do tempo ao universo das imagens
DOI:
https://doi.org/10.22409/cadletrasuff.v32i63.51566Resumo
A leitura do conto Un señor muy viejo con unas alas enormes, de Gabriel García Márquez, parte da alegoria europeia do tempo e mostra, ao longo da análise do relato sobre a passagem dessa alegoria por um vilarejo do Caribe, que na memória cultural deste espaço não há lugar para o conceito de tempo europeu. Aberto assim o estudo e passando pela entronização como ícones das efígies oficiais dos pais da pátria, a partir de retratos de Simón Bolívar, e de metaficções como alegorias da nação, de crônicas e pinturas de paisagens, fecha-se o artigo com Cuando éramos inmortales, de Arturo Fontaine, onde é narrada uma aula de história da arte, na que as revolucionárias obras As meninas, de Diego Velázquez e Guernica, de Pablo Picasso, são usadas pelo professor ultraconservador para encenar o discurso da história da arte como enunciação de pretensos valores universais católicos. As interseções entre textos-imagens são vistos como tipos de representação e tipos culturais básicos, onde o decisivo parece ser a “relação infinita entre a linguagem e a pintura”, “o visível e o enunciável” (Foucault, As palavras e as coisas) e “a antinomia de palavra e imagem” como a priori histórico (Deleuze, Foucault), que ampararam o que se denomina “the pictorial turn”.
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